Foto: Divulgação – Agência Marinha de Notícias
A terceira fase da Operação Atlas, coordenada pelo Ministério da Defesa, aconteceu em Formosa (GO), em ambiente controlado, como parte da etapa dedicada à execução tática e à integração entre Marinha, Exército e Aeronáutica.
O protótipo naval tem alcance de 5 km, pode carregar munição ou explosivos. O ensaio tático foi o primeiro teste de voo com um drone de ataque (kamikaze) brasileiro.
No primeiro dia de atividades foram empregados diversos armamentos e sistemas, entre eles o míssil antiaéreo Mistral, metralhadoras .50, o míssil anticarro 1.2 AC MAX.
O protótipo do drone kamikaze foi apontado pela Agência Marinha de Notícias como a primeira aeronave de ataque remotamente pilotada desenvolvida e empregada pelas Forças Armadas brasileiras.
O protótipo tem 1,64 m de envergadura e 65 cm de fuselagem, com alcance operacional de até 5 km e autonomia de voo em torno de 25 minutos.
A carga útil foi projetada para transportar munição ou explosivos com potencial para inutilizar veículos ou aeronaves, caracterizando-o como um sistema de ataque de precisão que reduz o risco direto a pessoal em tarefas ofensivas.
A escolha de Formosa para a fase tática deveu-se à necessidade de um campo de provas distante das áreas de foco geográfico da Operação Atlas, a região amazônica e que permitisse a realização de disparos e manobras em condições controladas.
As ações visam aprimorar o emprego conjunto de capacidades e a interoperabilidade entre as três Forças, para testar procedimentos, comunicações e segurança operacional em cenários realistas.
A Marinha destaca que os testes foram executados em ambiente controlado e com protocolos de segurança rígidos. O equipamento ainda é um protótipo, sujeito a avaliações técnicas, aprimoramentos e regulamentações antes de qualquer eventual incorporação operacional em larga escala.
Repercussão e próximos passos
A introdução de um drone de ataque nacional representa avanço técnico e estratégico na autonomia de capacidade bélica, ao mesmo tempo em que levanta questões sobre doutrinas de emprego, controle operacional e conformidade com normas de direito internacional humanitário.
As Forças ressaltam que a fase atual busca exatamente consolidar normas de uso, integração e mitigação de riscos. Novas avaliações e testes subsequentes estão previstos ao longo da Operação Atlas.
Fonte: Agência Marinha de Notícias