Foto: Redes Sociais
O policial civil Fernando Augusto Lopes Drummond Diniz, de 37 anos, preso em flagrante na última sexta-feira (17) após atirar contra três trabalhadores de uma obra em Contagem, teve a prisão convertida em domiciliar neste domingo (19), durante audiência de custódia.
A decisão considerou laudos médicos que apontam tumor cerebral e falta de estrutura de saúde no sistema prisional da Polícia Civil de Minas Gerais. O agente deverá cumprir a medida em casa com uso de tornozeleira eletrônica.
De acordo com a decisão do juiz Marco Paulo Calazans Guimarães, da Justiça de Minas Gerais, a defesa apresentou laudos médicos para comprovar que o policial é portador de um glioma bem diferenciado (ganglioglioma), um tipo de tumor cerebral que necessita de acompanhamento e tratamento contínuos.
A delegada coordenadora do Núcleo de Gestão Prisional e Casa de Custódia da Polícia Civil de Minas Gerais também informou, em documento anexado aos autos, que a unidade não possui estrutura médica adequada para o tratamento de doenças graves, e que os encaminhamentos de emergência são precários.
Diante das evidências, o magistrado disse que entendeu que a prisão domiciliar seria a medida mais adequada.
“O autuado é primário, tem bons antecedentes e se encontra em tratamento de moléstia grave. A substituição da prisão preventiva pela domiciliar, com monitoração eletrônica, é suficiente para a garantia da ordem pública”, destacou o juiz Marco Paulo Calazans Guimarães.
Os advogados de defesa ainda solicitaram que o processo tramitasse em segredo de justiça, mas o pedido foi negado.

O crime: trabalhadores baleados durante expediente
O crime ocorreu na última sexta-feira (17), em um canteiro de obras em Contagem. Segundo a Polícia Civil, Fernando Diniz teria atirado com um fuzil calibre 5.56, pertencente à própria corporação, contra três trabalhadores, de 32, 34 e 57 anos, que estavam no local.
As vítimas foram atingidas no joelho, tornozelo e de raspão na barriga, e foram socorridas ao hospital, sem risco de morte. Testemunhas relataram o momento em que o policial passa pelo local com a arma longa em punho.
Após os disparos, o policial fugiu, mas foi localizado e preso horas depois. O policial foi autuado por tentativa de homicídio qualificado, e a Polícia Civil de Minas Gerais segue investigando a motivação do crime, ainda não esclarecida.
Contexto e repercussão
O caso ganhou ampla repercussão nas redes sociais e entre sindicatos ligados à segurança pública, que cobram transparência na apuração e responsabilização exemplar. A Corregedoria da Polícia Civil acompanha o processo.
Fonte: Assessoria de imprensa

