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Todas as sociedades, desde os tempos mais remotos, são regidas por relações de poder, nem sempre éticas e morais, entre dominadores e dominados. Por sermos primatas e vivermos em sociedade, temos uma tendência biológica em seguir lideres, sejam eles políticos, religiosos ou ideológicos. Se fossemos como os tubarões, que vivem sozinhos, não procuraríamos lideres e, por consequência, não seriamos enganados pelos “falsos profetas”.

O impeachment de Dilma, enquanto expressão ideológica, foi criado por pessoas, que obviamente são formadoras de opinião pública. Como o número de dominados é sempre maior que de dominadores, é importante termos muita consciência de quais lideres realmente nos representam.  Por exemplo, se você é a favor do impeachment, mas financiou apartamento, carro, entrou para universidade, isso é extremante contraditório! O preço da gasolina justifica tudo?

A única forma de não sermos enganados pelos “falsos profetas” é por meio do senso crítico, duvidar de tudo, e sempre buscarmos provas objetivas. Por sermos primatas, continuaremos em busca de lideres, então precisamos escolher adequadamente nossos representantes, para não lamentarmos. Afinal, as relações de poder entre dominadores e dominadores continuarão por séculos e, nesse processo, precisamos escolher um dos lados.

Sugestão: Para ter uma visão mais crítica do Impeachment de Dilma, ver o filme “Getúlio” (2104), dirigido por João Jardim e interpretado por Tony Ramos. 

¹Graduado em Psicologia (bacharel e psicólogo - FAFICH/UFMG), mestre em Linguística Teórica e Descritiva (Língua em Uso: Linguística Cognitiva - FALE/UFMG) e doutorando em Saúde Pública (Epidemiologia das Doenças e Agravos Não-Transmissíveis e Ocupacionais - FM/UFMG) pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).