Foto: Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG)
A alta taxa de juros, a carga tibutária e as inflações elevadas são os principais fatores que dificultam a retomada do crescimento do país. Essa foi a avaliação feita pelos palestrantes do Ciclo de Debates Retomada do Desenvolvimento Econômico, realizado na manhã desta sexta-feira (4), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
De acordo com o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Lincoln Gonçalves Fernandes, o Brasil registrou queda de 14% nos investimentos. Para 2016, a expectativa também não é boa, já que há previsão de queda de 7%.
Para reverter esse quadro, Fernandes declarou que é preciso que haja redução dos custos de produção, além de elevação da produtividade. “A solução não passa pela carga tributária. Caso contrário, vamos matar o resto da indústria em Minas Gerais. Se não mudarmos a gestão fiscal e o rearranjo das questões tributárias e econômicas, não vamos a lugar nenhum”, afirma.
Comércio vai mal
De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Bruno Selmi dei Falci, o comércio é um dos setores que mais gera emprego no país, correspondendo a 62% do PIB de Minas Gerais. Para Falci, o comércio está sendo prejudicado na medida em que a inflação corroi o salário das pessoas e o faturamento das empresas, enquanto a carga tibutária dificulta a maioria dos negócios.
"O que pedimos são as reformas da carga tributária, a reforma política e jurídica, a redução das obrigações acessórias, e o incentivo da capacidade de empregos e empreendedorismos. Temos que achar uma alternativa”, defendeu.
Microempresas são a solução
De acordo com o secretário-geral do Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, Fernando Passalio de Avelar, a diversidade econômica é uma possível solução para reverter a crise. O especialista defendeu a importância da microempresa, segmento com 37% de participação no PIB mineiro.
“As microempresas são detentoras de um poder de inovação grande, tendo capacidade de se readequar em momentos de transição econômica. O caminho para o crescimento passa pelos pequenos negócios e empresas. Precisamos lutar para esse segmento ganhar força”, declara.
Aumento do desemprego
O vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores em Minas Gerais (CUT-MG), Carlos Magno de Freitas, apresentou dados que ele considerou preocupantes. Segundo ele, no Brasil, de 2002 a 2014, houve um crescimento de 73% em empregos no setor metalúrgico, quadro que se inverteu em 2015, com um recuo de 182 mil postos de trabalho.
Freitas considera que falta investimedo público em infraestrutura social e produtiva. Ele também julga como importante o enfrentamento da questão da reforma tributária.
Elevação de juros em momentos de crise
Na avaliação do presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Antônio Júlio de Faria, há uma grande distância entre tributar e arrecadar. O grande problema, na opinião dele, é que o país, com uma carga tributária pesada, tem facilidade de tributar, mas dificuldade em arrecadar.
O presidente da AMM ainda ponderou que enquanto nos outros países, em momentos de crise, a taxa de juros é reduzida, no Brasil há uma elevação da taxa, medida que, segundo ele, só interessa aos banqueiros. “Está na hora do País reagir”, diz.
Mais infraestrutura e tecnologia estão entre demandas rurais
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Roberto Simões, afirmou que há capacidade instalada para crescimento do setor agropecuário, mas é preciso vencer alguns obstáculos. O primeiro deles seria a falta de infraestrutura, para armazenar e transportar a produção.
O segundo ponto citado por ele é a necessidade de se investir em tecnologia e inovação para garantir maior produção, sem aumentar as áreas e sem agredir o meio ambiente. “Com todas as intempéries, além das questões econômicas, cria-se um passivo impagável. Ninguém aguenta pagar o fracasso de uma safra”, afirmou.
O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Cruz Reis Filho, disse que um dos programas propostos no Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG), atualmente em tramitação na ALMG, prevê ações para garantir essa sucessão. “Para o jovem ficar no campo, tem que ter renda e, para isso, é preciso ter tecnologia, esse será o foco”, diz.
Serviço:
O ciclo de debates ainda terá os painéis “Infraestrutura e energia – para a retomada do desenvolvimento” e “Empreendedorismo, inovação e tecnologia – para a retomada do desenvolvimento”.
Fonte: Assembleia Legislativa de Minas Gerais
De acordo com o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Lincoln Gonçalves Fernandes, o Brasil registrou queda de 14% nos investimentos. Para 2016, a expectativa também não é boa, já que há previsão de queda de 7%.
Para reverter esse quadro, Fernandes declarou que é preciso que haja redução dos custos de produção, além de elevação da produtividade. “A solução não passa pela carga tributária. Caso contrário, vamos matar o resto da indústria em Minas Gerais. Se não mudarmos a gestão fiscal e o rearranjo das questões tributárias e econômicas, não vamos a lugar nenhum”, afirma.
Comércio vai mal
De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Bruno Selmi dei Falci, o comércio é um dos setores que mais gera emprego no país, correspondendo a 62% do PIB de Minas Gerais. Para Falci, o comércio está sendo prejudicado na medida em que a inflação corroi o salário das pessoas e o faturamento das empresas, enquanto a carga tibutária dificulta a maioria dos negócios.
"O que pedimos são as reformas da carga tributária, a reforma política e jurídica, a redução das obrigações acessórias, e o incentivo da capacidade de empregos e empreendedorismos. Temos que achar uma alternativa”, defendeu.
Microempresas são a solução
De acordo com o secretário-geral do Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, Fernando Passalio de Avelar, a diversidade econômica é uma possível solução para reverter a crise. O especialista defendeu a importância da microempresa, segmento com 37% de participação no PIB mineiro.
“As microempresas são detentoras de um poder de inovação grande, tendo capacidade de se readequar em momentos de transição econômica. O caminho para o crescimento passa pelos pequenos negócios e empresas. Precisamos lutar para esse segmento ganhar força”, declara.
Aumento do desemprego
O vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores em Minas Gerais (CUT-MG), Carlos Magno de Freitas, apresentou dados que ele considerou preocupantes. Segundo ele, no Brasil, de 2002 a 2014, houve um crescimento de 73% em empregos no setor metalúrgico, quadro que se inverteu em 2015, com um recuo de 182 mil postos de trabalho.
Freitas considera que falta investimedo público em infraestrutura social e produtiva. Ele também julga como importante o enfrentamento da questão da reforma tributária.
Elevação de juros em momentos de crise
Na avaliação do presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Antônio Júlio de Faria, há uma grande distância entre tributar e arrecadar. O grande problema, na opinião dele, é que o país, com uma carga tributária pesada, tem facilidade de tributar, mas dificuldade em arrecadar.
O presidente da AMM ainda ponderou que enquanto nos outros países, em momentos de crise, a taxa de juros é reduzida, no Brasil há uma elevação da taxa, medida que, segundo ele, só interessa aos banqueiros. “Está na hora do País reagir”, diz.
Mais infraestrutura e tecnologia estão entre demandas rurais
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Roberto Simões, afirmou que há capacidade instalada para crescimento do setor agropecuário, mas é preciso vencer alguns obstáculos. O primeiro deles seria a falta de infraestrutura, para armazenar e transportar a produção.
O segundo ponto citado por ele é a necessidade de se investir em tecnologia e inovação para garantir maior produção, sem aumentar as áreas e sem agredir o meio ambiente. “Com todas as intempéries, além das questões econômicas, cria-se um passivo impagável. Ninguém aguenta pagar o fracasso de uma safra”, afirmou.
O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Cruz Reis Filho, disse que um dos programas propostos no Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG), atualmente em tramitação na ALMG, prevê ações para garantir essa sucessão. “Para o jovem ficar no campo, tem que ter renda e, para isso, é preciso ter tecnologia, esse será o foco”, diz.
Serviço:
O ciclo de debates ainda terá os painéis “Infraestrutura e energia – para a retomada do desenvolvimento” e “Empreendedorismo, inovação e tecnologia – para a retomada do desenvolvimento”.
Fonte: Assembleia Legislativa de Minas Gerais