Foto: metrobh
Na última quarta-feira (11), os metroviários anunciaram a possibilidade de greve por melhores salários, mas o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determina a escala mínima de 50% a 80%. Com a paralisação, cerca de 200 mil passageiros podem ser prejudicados com a diminuição das 275 viagens diárias.
Uma liminar foi concedida à Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) para garantir pelo menos 80% dos trens circulando de segunda a sexta-feira, das 5h30 às 10h, e das 16h às 20h. Nos demais horários, sábados e domingos, a escala mínima deverá ser de 50% com funcionários suficientes para o cumprimento da determinação do TRT. Em caso de descumprimento, a multa será de R$ 100 mil, a ser paga pelo Sindicato dos Metroviários (Sindimetro-MG).
Segundo o desembargador Jorge Berg de Mendonça, as áreas de manutenção de rede aérea, via permanente, sistemas fixos e oficina de manutenção, devem funcionar integralmente durante 4h30min.
“A área de material rodante deve funcionar por, no mínimo, 16 horas diárias. A escala mínima deve garantir trabalhadores na sala de comando e nas torres de controle dos pátios São Gabriel e Eldorado. Os serviços inadiáveis e essenciais para o bom funcionamento seguro dos trens devem ser executados independentes da escala mínima”, determina o desembargador.
A BHTrans, a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) e a Transcon foram notificados da decisão judicial e informados sobre a escala mínima determinada. As autarquias e a secretaria deverão adequar as linhas de ônibus com os horários em que não haverá trens. A Polícia Militar também foi notificada para que tome as providências cabíveis.
De acordo com a CBTU, as negociações salariais ocorrem desde o início do ano por meio de uma mesa de negociação permanente entre a direção da Companhia e os sindicatos dos metroviários que representam os empregados.