Foto: Sedpac/Divulgação
O respeito à diversidade sexual virou tema de campanha e enredo de um vídeo protagonizado por uma mulher transexual, intitulado “O amor transforma preconceitos”, da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania (Sedpac), do Governo de Minas Gerais.
O material, que tem pouco mais de um minuto e direção de Eduardo Zunza, conta a história de uma família que vive na zona rural do Estado: um casal e três filhos. Uma das crianças, que é transexual, é rejeitada e sai de casa. O retorno dela só acontece anos mais tarde, na comemoração das Bodas de Ouro dos pais.
A protagonista do vídeo, a maquiadora e ativista LGBT Laura Zanotti, dá vida à personagem que chega à festa da família acompanhada pelo companheiro e a filha do casal.
“Foi uma honra ter representado as pessoas LGBTs, principalmente por ser uma mulher transexual, mostrando que nós existimos e que aos poucos ganharemos nossos direitos e estaremos em todos os espaços”, disse Laura.
Para todos
A escolha da ambientação do vídeo chama a atenção para a importância de levar o debate sobre a diversidade a locais onde ele ainda tem pouca visibilidade.
“Minas Gerais é diversa. Por isso a utilização de um cenário que dialoga com a cultura mineira e trabalha com o olhar do campo e da agricultura familiar, pois a população LGBT não está presente somente em grandes centros urbanos como Belo Horizonte. Está também em espaços rurais e pequenas cidades. Locais onde o preconceito, a discriminação e o fundamentalismo religioso também está muito presente, provocando, com frequência, a expulsão ou a fuga das pessoas LGBTs de seus lares de origem”, afirma o coordenador especial de Políticas de Diversidade Sexual da Sedpac, Douglas Estevão de Miranda.
Preconceito
O Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo. De janeiro de 2008 a março de 2014, 604 mortes foram registradas no país, segundo pesquisa da organização não governamental Transgender Europe (TGEU), uma rede europeia de organizações que apoiam os direitos da população transgênero.
Os números podem ser ainda mais expressivos, considerando que esse tipo de crime é subnotificado.
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