Foto: Google Maps

 
Um crime brutal chocou a população mineira, nesta quinta-feira (5). Um dos vigias de uma creche em Janaúba, no Norte de Minas Gerais, ateou fogo no local e no próprio corpo e matou quatro crianças. De acordo com o Corpo de Bombeiros, nove vítimas foram socorridas em estado grave, incluindo o homem, que acabou morrendo no meio da tarde, e uma professora.
 
A corporação informou que, ao todo, o incêndio vitimou 22 pessoas, além das quatro que não resistiram. A instituição atendia a crianças de quatro a seis anos.
 
O governo do Estado informou, por meio de nota, no início da tarde, que “um posto de comando emergencial foi instalado no local para alinhar todos os esforços dos órgãos públicos envolvidos”.  
 
De acordo com o texto, o governador Fernando Pimentel (PT) vai ao município ainda nesta tarde.
 
“A Secretaria de Estado de Saúde e a Fundação Hospitalar de Minas Gerais montaram uma operação especial para receber as vítimas, tanto em hospitais na região, quanto no Hospital João XXIII, se necessário. Toda a estrutura necessária, o que inclui aeronaves, veículos e demais equipamentos públicos, também foi colocada à disposição”, finaliza a nota.
 
A Prefeitura de Janaúba decretou luto oficial de sete dias no município em solidariedade às famílias das vítimas. Em nota, o Executivo afirmou que “foram mobilizados todos os hospitais, equipes de saúde, prefeituras da região da Serra Geral e de outros municípios, Polícias Militar e Civil e equipes do governo de Minas Gerais. Estamos tomando todas as medidas que nos cabem para prestar o melhor atendimento às vítimas e tentar atenuar as consequências do lastimável evento”.

Motivação

No início da noite desta quinta-feira, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) também divulgou uma nota informando que as primeiras diligências levaram à conclusão de que o crime foi premeditado pelo vigia, Damião Soares dos Santos. Na casa dele, foram encontrados galões com combustível. A data do atentato teria sido escolhida em razão da morte do pai dele, ocorrida há exatos três anos. 

"Ele também disse à família, na última terça-feira (3), que daria um presente a todos, se matando em breve", afirma o texto da PCMG. Segundo a coporação, Santos tinha problemas mentais e era obcecado por crianças.

Os corpos das quatro crianças, todas de quatro anos, já foram necropsiados e liberados.


Atualizada às 19h23