A 42ª Missa do Trabalhador de Contagem - celebração em comemoração ao dia de São José Operário -, realizada na praça da Cemig, atraiu centenas de fiéis, trabalhadores e sindicalistas, no último 1° de maio.
Movimentos que representam metalúrgicos, eletricitários, professores e outras categorias exibiram faixas e cartazes de protesto contra as terceirizações e a retirada de direitos trabalhistas.
O celebrante dom Otacílio Ferreira de Lacerda foi auxiliado por mais de 40 padres da Região Episcopal Nossa Senhora Aparecida. O bispo abençoou as carteiras de trabalho, chaves e objetos de trabalhadores. Ele disse que não podemos perder a esperança diante do alto índice de desemprego.
“São mais de 13 milhões de desempregados, mas para Deus nada é impossível. A situação é difícil, é dramática, mas a solução está em nossas mãos. As eleições se aproximam, devemos levá-la a sério e sermos consequentes em nossos votos. Precisamos reencontrar o caminho da democracia”, enfatizou dom Otacílio.
O representante dos aposentados, Paulo Bossi, aproveitou para convocar os colegas que estão em condições de se locomover para irem às urnas nas próximas eleições.
“Temos que eleger representantes comprometidos com o povo. Precisamos escolher bons políticos, capazes de resolver as questões dos aposentados e os problemas de todo o país. Votar não dói, leva apenas alguns minutos e as eleições acontecem de dois em dois anos. Precisamos votar por um Brasil melhor”, ressaltou o aposentado de 85 anos.
O professor, artista plástico e ambientalista Severino Iabá afirmou que não havia o que comemorar no Dia do Trabalhador.
“A partir do golpe concretizado com o impeachment da ex-presidente Dilma, a retirada dos direitos trabalhistas se intensificaram. O golpe também refletiu em Contagem, com a volta da cobrança do IPTU residencial e com a destruição da região de Vargem das Flores”, disse o professor.
