Amigos e parentes das vítimas da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, realizaram no dia de Natal (25), mais uma solenidade para lembrar os trabalhadores mortos e desaparecidos na lama de rejeitos de minério.
Perto de completar dois anos do crime que matou funcionários, terceirizados, animais de estimação e ainda destruiu o meio ambiente, a Mineradora Vale ainda não foi condenada pela justiça mineira. Familiares das vítimas reclamam que estão doentes e não recebem o apoio desejado por parte da empresa.
A professora Natália de Oliveira, irmã de uma das vítimas ainda não encontrada e membro da Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos Pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão – AVABRUM, disse que ninguém, até o momento, foi condenado pelas mortes dos 272 trabalhadores.
“Há quase dois anos aguardamos a justiça responsabilizar os responsáveis pelas mortes. Nem o memorial e nem o Centro de Convivência que a AVABRUM solicitou a Vale, ainda não foi viabilizado. Os familiares se tornaram uma só família e precisamos de um local para nos reunir e nos apoiar”, explicou.
Por causa da pandemia, a solenidade teve a presença de um grupo reduzido, mas todas as fotos das vítimas foram novamente expostas para que todas as “joias” sejam homenageadas.
Assista a entrevista completa com a Natália de Oliveira

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