Foto: Divulgação
Neste 4 de dezembro de 2024, o Brasil celebra uma conquista histórica: o Modo de Fazer Queijo Minas Artesanal foi reconhecido pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.
Para marcar este feito inédito, os escritores mineiros Guilherme Aragão e Conrado Moreira lançaram o livro “Canastra – Queijos de Histórias”, pela Bushido Editorial.
A obra narra a trajetória do queijo mineiro, que superou preconceitos, perseguições e ganhou reconhecimento internacional pela sua qualidade e relevância cultural.
História de resistência e tradição
Dividido em três partes, o livro apresenta a história do queijo no Brasil, com foco especial na produção artesanal da Serra da Canastra, que se consolidou como símbolo de Minas Gerais.
Na primeira parte, os autores traçam a relação do queijo com o desenvolvimento econômico e cultural do país desde o século 16, passando pelo ciclo do ouro e pela expansão da pecuária.
Um dado curioso destacado no livro revela que, no auge da mineração, queijos importados eram tão valiosos que chegavam a custar o equivalente a R$ 3.000,00 nos dias atuais.
A segunda parte mergulha nos desafios enfrentados pelos produtores da Canastra, que lidaram com perseguições e apreensões de lotes inteiros devido a legislações sanitárias restritivas durante os anos 1950.
A obra mostra como a resistência desses pequenos produtores garantiu que o queijo mineiro fosse reconhecido como Patrimônio Cultural Brasileiro em 2008, pavimentando o caminho para o título da Unesco.
Um queijo com identidade própria
O Canastra legítimo, produzido exclusivamente em nove municípios da região da Serra da Canastra, mantém uma receita artesanal que inclui leite integral cru, coalho, “pingo” e sal. Essa produção única confere a cada fazenda um sabor característico, valorizando a autenticidade e a ligação com o território.
“Por muito tempo, queijo Canastra e queijo Minas eram quase sinônimos, mas hoje sabemos que a identidade do Canastra é singular, e sua produção artesanal reflete a alma dos mineiros”, afirma Guilherme Aragão.
Reconhecimento global
A inclusão dos Modos de Fazer Queijo Minas Artesanal na lista da Unesco coloca o produto ao lado de referências gastronômicas como a Arte do Pizzaiolo Napolitano e o Café Árabe, reforçando a importância cultural e econômica do queijo mineiro.
Um tributo em palavras
“Canastra – Queijos de Histórias” não é apenas um livro sobre gastronomia, mas um registro da história, cultura e resistência de gerações de produtores.
“Como bons mineiros, sabemos há muito tempo que, igual ao queijo de Minas, não tem em lugar nenhum!”, celebra Conrado Moreira, destacando o momento oportuno do lançamento.
Publicado com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura e patrocínio do Grupo Amep, o livro reafirma o valor de preservar e celebrar o patrimônio mineiro.
Para amantes da cultura e da gastronomia, o livro é um convite para conhecer mais sobre o sabor, a história e a riqueza do queijo que é o orgulho de Minas Gerais.
Serviço:
- Livro: Canastra – Queijos de Histórias
- Preço: R$ 50,00
- À venda em Amazon e livrarias
Fonte: Assessoria de imprensa