Um grave acidente com um ônibus na madrugada deste sábado (21), matou pelo menos 38 vítimas na BR-116, próximo ao distrito de Lajinha, em Teófilo Otoni, Minas Gerais. Uma grande pedra de dezenas de toneladas teria desprendido de uma carreta e esmagado o ônibus.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a tragédia foi considerada a maior registrada em rodovias federais no Brasil desde 2007. Nas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse: “Rezo pela recuperação dos sobreviventes dessa terrível tragédia”.

Dinâmica do acidente
O ônibus, que seguia de São Paulo para Vitória da Conquista, na Bahia, colidiu com um caminhão por volta das 3:30h. A princípio, testemunhas apresentaram duas versões para o ocorrido: em uma delas, o pneu do ônibus teria furado, causando a perda de controle e a colisão.
Outra hipótese é que um bloco de granito transportado pelo caminhão caiu sobre o ônibus, levando ao acidente.

Mas imagens de câmeras de segurança revelaram que a grande pedra de granito realmente se desprendeu da carreta e bateu contra o ônibus. Era uma carreta bitrem e o segundo trem desprendeu do conjunto que inclui o cavalo mecânico.
Consequências
Após a colisão, o veículo pegou fogo, dificultando os trabalhos de resgate. Um terceiro veículo também se envolveu no acidente e ficou debaixo da carreta, foi esmagado. Por sorte, os três ocupantes sobreviveram com ferimentos.
O motorista do ônibus e uma criança estão entre os mortos. Já o condutor do caminhão não sofreu ferimentos, se evadiu do local, mas se apresentou posteriormente.

Resgate
Até o momento, oito pessoas seguem internadas em estado grave. A Polícia Civil e os Bombeiros tiveram dificuldades na identificação das vítimas, devido ao estado dos corpos. Mas, inicialmente, 22 corpos haviam sido contabilizados, mas o número foi atualizado após o uso de um guindaste para acessar outras partes do ônibus.
O governo de Minas Gerais colocou todos os recursos necessários para prestar suporte às famílias das vítimas. Os corpos carbonizados serão colocados em um caminhão frigorífico para serem levados para o Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte, para serem identificados.
De acordo com as autoridades locais, recentemente o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit)retirou os radares da BR-116 do trecho, depois que os contratos acabaram. Desde então, três graves acidentes com vítimas fatais aconteceram na região.
