Data de publicação: 08-03-2017 12:14:00

Mais de 500 mulheres são agredidas por hora no Brasil, mostra pesquisa

Centro de Integração Empresa Escola de Minas Gerais -  CIEE
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil/Arquivo
 
Agência Brasil
 
A cada hora, 503 mulheres sofreram algum tipo de agressão física em 2016, segundo pesquisa do instituto Datafolha encomendada pelo Fórum de Segurança Pública. O estudo, divulgado nesta quarta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, foi feito com entrevistas presenciais em 130 municípios brasileiros. No total, foram 4,4 milhões de mulheres, 9% da população acima de 16 anos, que relataram ter sido vítimas de socos, chutes, empurrões ou outra forma de violência.
 
As agressões verbais e morais, como xingamentos e humilhações, atingiram 22% da população feminina. Ao longo do ano passado, 29% das mulheres passaram por algum tipo de violência, física ou moral. Entre as pretas (expressão usada pelo IBGE), o índice sobe para 32,5% e chega a 45% entre as jovens (de 16 a 24 anos).
 
Foram vítimas de ameaças com armas de fogo ou com facas 4% - 1,9 milhão de mulheres. Espancamentos e estrangulamentos vitimaram 3%, o que representa 1,4 milhão de mulheres, enquanto 257 mil, 1% do total, chegaram a ser baleadas.
 
A cada três brasileiros, incluídos homens e mulheres, dois presenciaram algum tipo de agressão a mulheres em 2016, desde violência física direta a assédio, ameaças e humilhações. O percentual é de 73% entre as pessoas pretas e de 60% entre as brancas.
 
Companheiros e conhecidos
 
A maior parte dos agressores, segundo os relatos das mulheres, era conhecida (61%). Os cônjuges, namorados e companheiros aparecem como responsáveis em 19% dos casos. Os ex-companheiros representam 16% dos agressores. A própria casa das vítimas recebeu o maior percentual de citações como local da violência (43%). Entre as mulheres de 35 a 44 anos, 38% das agressões partiram dos namorados ou cônjuges.
 
Sobre as reações após a violência, 52% disseram não ter feito nada após a agressão, 13% procuraram ajuda da família, 12% buscaram apoio de amigos e 11% foram a uma delegacia da mulher. Entre as mais jovens (16 a 24 anos), o índice das que não fizeram nada após a agressão é de 59%.
 
O assédio atingiu 40% das mulheres no último ano. Entre as mais jovens (16 a 24 anos), o percentual chega a 70%, sendo que 68% ouviram comentários desrespeitosos quando estavam na rua. O índice é de 52% entre a população feminina de 25 a 34 anos. Nesse grupo, 47% foram assediadas na rua; 19%, no ambiente de trabalho e 15%, no transporte público.
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