Imagem aérea da cidade de Khan Sheikhoun, em Idlib, na Síria
Foto: Google
Foto: Google
Agência Brasil
A Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) manifestou, nesta terça-feira (4), "grave preocupação" com o suposto ataque químico contra a cidade de Khan Sheikhoun, em Idlib, no Norte do país, e garantiu que está reunindo e analisando informações sobre o ocorrido. As informações são da Agência EFE.
Em comunicado, a organização, cuja sede fica em Haia, na Holanda, declarou que "está gravemente preocupada" e destacou que uma missão de busca "está em processo de reunir e analisar informações de todas as fontes disponíveis". Essa equipe remeterá um relatório ao Conselho Executivo da Opaq e aos Estados-parte da Convenção sobre Armas Químicas, acrescentou a organização.
A Opaq condenou "firmemente" o uso de armas químicas "sob qualquer circunstância" e lembrou que essa convenção proíbe o uso, o desenvolvimento, a produção, o armazenamento e a transferência desse tipo de armamento. A convenção considera "arma química" qualquer produto químico utilizado em uma guerra.
A missão de busca de ocorrências da Opaq foi criada em 2014, em resposta às alegações constantes de ataques com armas químicas na Síria. O trabalho da missão consiste em estudar toda informação disponível relacionada com o suposto uso dessas armas na Síria.
Desde maio de 2014, a organização enviou a missão ao país árabe e ao exterior em várias ocasiões e manteve os Estados-parte informados sobre o trabalho. A equipe se encarrega de entrevistar testemunhas no terreno e recolher amostras e evidências físicas para analisá-las.
A Opaq e o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovaram em 2015 a operação contínua da missão, que confirmou as alegações de uso de armas químicas tóxicas na Síria.
Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), que citou fontes médicas e ativistas, pelo menos 58 pessoas – entre elas 11 menores – morreram e dezenas ficaram feridas em um suposto bombardeio químico em Khan Sheikhoun. A cidade tem cerca de 75 mil habitantes, muitos deles deslocados procedentes da província vizinha de Hama, que está sob controle do Exército Livre Sírio.