Data de publicação: 30-01-2018 15:20:00

Cidadania e brasilidade

Centro de Integração Empresa Escola de Minas Gerais -  CIEE
Foto: Reprodução Internet
 
Sebastião Alvino Colomarte*
 
O amor à pátria é um sentimento sublime que todos devemos ter em relação à rua, à cidade ou à casa, enfim, à terra em que nascemos. Foram esses os primeiros locais em que demos os nossos primeiros passos, pronunciamos as primeiras palavras, onde passamos a infância junto aos nossos amigos, a primeira escola, a primeira professora, que carinhosamente chamávamos de “tia”, e muitos outros momentos, que são fundamentais na construção do que somos e na definição daquilo que queremos para o nosso futuro.
 
São lembranças que habitam a mente e a alma de todos nós e que não podem ser apagadas ou esquecidas. São os alicerces da nossa formação e nos acompanham por toda a vida. Entretanto, parte desse legado parece estar em xeque devido à massificação de nossa sociedade, aliada à falta de amor ao próximo e até mesmo, em alguns casos, pelo distanciamento da convivência coletiva, fazendo com que o individualismo tome o lugar no convívio em família, na vizinhança, nas redes de amigos e na comunidade.
 
Ao buscamos na nossa bandeira o exemplo da falta de referência do patriotismo, fica claro o distanciamento daquilo que nos identifica como pátria. Na bandeira brasileira, quais as cores que predominam? Verde, amarelo, azul e branco. Acredito, e não tenho dúvidas, que a maioria do povo brasileiro, em suas manifestações, prefira exaltar as cores da bandeira brasileira. Mas por que alguns grupos preferem cobrir o país de outra cor?
 
Vivemos em um país em que cada cidadão tem a liberdade por direito de professar a sua fé, torcer pelo time, optar por determinada religião e estampar sua cor preferida... Mas também precisamos compreender que mesmo tendo opiniões e conceitos opostos a um determinado grupo continuamos sendo todos parte de uma coletividade, de uma nação, ou seja, devemos estar unidos como patriotas, pois apesar das nossas diferenças somos todos brasileiros.
 
O sentimento de amor à pátria deve começar no seio familiar com a educação dos pais. Ao se prolongar pela vida escolar e se consolidar na sociedade em que estamos inseridos, será preciso, pois, valorizar o grupo familiar, as escolas e os professores, que intensificam essas boas práticas para que os nossos jovens exerçam papéis importantes no contexto da formação de cidadãos que tenham orgulho da terra onde nasceram.
 
Ao longo dos anos, temos nos afastado de alguns valores vitais à nossa formação como cidadãos e patriotas. Talvez seja esse o fruto da onda de descrédito pela qual passa o país, oriundo das graves crises política e econômica, aliado à corrupção que vem tomando proporções preocupantes.
 
Urge cobrarmos do governo ações mais incisivas em busca de um país mais justo e melhor. A mudança que esperamos passa, necessariamente, pela educação, hoje ainda tratada como um bem supérfluo.  Estamos formando uma massa de jovens sem referência em relação ao bem mais caro de uma nação, que é o respeito aos seus valores pátrios e à família.
 
Com quase quatro décadas de atuação no Estado, atendendo a milhares de estudantes com o programa de estágios e, agora, com o de aprendizagem, o Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais vem detectando nos jovens que procuram a instituição certo distanciamento da formação cidadã, da convivência coletiva e do senso de amor à nação. É chegada a hora de revertemos este cenário em busca de um futuro bem melhor para as futuras gerações.
 
*Professor e superintendente-executivo do Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais e diretor da Associação Comercial e Empresarial de Minas.
 
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