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Minas Gerais ocupa um lugar de destaque negativo junto ao Ministério do Trabalho. Nesta quinta-feira (18), a pasta divulgou dados referentes a trabalhos análogos à escravidão no Brasil e o Estado mineiro foi o território com maior número de trabalhadores nessas condições, de janeiro até a primeira quinzena deste mês: 754.
 
Pará (129) e Mato Grosso (128) aparecem na sequência. Ao todo, no país, 1.246 pessoas foram encontradas pelo Ministério do Trabalho, no mesmo período, em situação semelhante, número 93% maior do que o registrado em todo o ano passado.
 
Ainda de acordo com a pasta, as três atividades com mais casos de trabalho escravo foram a criação de gado (bovinos), a cafeicultura e o plantio de florestas. Nos 159 estabelecimentos vistoriados, 651 trabalhadores foram formalizados, 601 guias de seguro-desemprego foram emitidas e R$ 1,7 milhão foi pago em verbas rescisórias.
 
Casos mais frequentes
 
Segundo o chefe da Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo, Maurício Krepsky, o crescimento do número de pessoas em situação semelhante à escravidão está relacionado, também, à fiscalização mais eficiente.
 
“Foi dada prioridade ao planejamento prévio das ações, com incursão de auditores-fiscais de trabalho em operações de inteligência fiscal, a fim de delimitar espaço e tempo precisos para flagrar os ilícitos. Considerando as operações em andamento, já foi ultrapassado o número de resgatados no ano passado”, diz.
 
Denúncias de trabalho análogo ao de escravo podem ser feitas nas unidades do Ministério do Trabalho em todo país e também por meio do Disque Direitos Humanos (Disque 100).