Nos últimos dias, as podas radicais feitas em centenas de árvores, em Contagem, têm incomodado moradores, comerciantes e protetores ambientais. Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), elas são uma forma de conter as dimensões das copas das árvores.
De acordo com o assessor especial da pasta, Marcos Botelho, a supressão arbórea em vias públicas é um serviço de manutenção que tem o objetivo de diminuir os riscos de quedas e de interferência na rede elétrica da Cemig.
“Cada espécie tem uma época para florir e dar frutos. Foi expedido um laudo individualizado atestando o risco de queda e a saúde de cada árvore. As supressões e as podas radicais foram previamente estudadas”, justifica.
Segundo o representante do Greenpeace em Contagem Nilo Lopes, no entanto, o trabalho atual da Semad é pior que o realizado pelo governo anterior.
“Mais uma vez, nos deparamos com essa trágica poda de árvores em Contagem. Em plena primavera fazer podas radicais é um absurdo. Estive na avenida João César de Oliveira e constatei que além da falta de cuidado, fizeram cortes totais sem necessidade”, afirma o ativista.
Nas redes sociais, a Prefeitura de Contagem anunciou, no último dia 8, a realização de um remanejamento arbóreo na principal avenida da cidade. Conforme informado no post, 24 árvores seriam podadas, 39 suprimidas e 65 plantadas.
Botelho enfatizou que as podas são de responsabilidade da Superintendência de Arborização da Semad, mas não soube informar se são realizados outros tipos além da poda radical, em Contagem.