Foto: Robson Rodrigues

Agência de atendimento Cemig, praça da Cemig, Contagem
 

Lucro da Companhia Elétrica de Minas Gerais - Cemig cresceu 70% em 2018. Riqueza distribuída entre acionistas enquanto trabalhadores lutam por valorização e melhores condições de trabalho.

A receita líquida foi de R$ 22,2 bilhões contra 21,7 bilhões em 2017, o que representa aumento de 2,6%. Segundo a direção Cemig, a implementação de ações estratégicas contribuiu para o resultado da companhia.

 “O excelente resultado é consequência de medidas como a busca incessante por eficiência operacional e a execução do programa de desinvestimentos”, afirmou o presidente da Cemig, Cledorvino Belini.

O Plano de Desinvestimento concluiu a venda de ativos de telecomunicação que gerou R$ 654 milhões de caixa para a empresa, R$ 287 milhões acima do valor estimado.

Também fazem parte do processo de desinvestimento a terceirização e corte de pessoal. A Cemig reduziu 13% da folha de pagamentos em 2018.

Eletricitários

Mesmo diante do faturamento e do lucro líquido bilionário, também em 2018, os trabalhadores permaneceram mobilizados e fizeram greves de advertência, paralisações de 24 horas.

O Sindieletro reivindica o fim da terceirização e a construção de um Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) e reclama dos privilégios para acionistas que recebem bilhões de dividendos.
 
Insatisfação dos consumidores


Em Contagem, a única agencia de atendimento Cemig, que fica na praça da Cemig, frequentemente fica lotada. Uma grande fila precisa ser enfrentada para pegar senhas e um loga da espera pela frente.

É bem difícil falar com os atendentes que são preparados para mostrar que a empresa está correta e os consumidores errados. Isso nem sempre de forma cordial e eficiente.

A empresa

A Cemig está presente em 22 estados e no Distrito Federal, e conta com mais de 140 mil acionistas em 38 países, além de possuir ações negociadas nas Bolsas de Valores de São Paulo, Nova York e Madri.