Data de publicação: 10-10-2019 10:47:00

Robôs humanoides

Centro de Integração Empresa Escola de Minas Gerais -  CIEE
Foto: Internet/Reprodução
 
Bárbara Dias do Carmo*
 
Haverá a terceira guerra mundial? E qual será o principal motivo para ela? Seria por água doce? Petróleo? Intolerância religiosa ou por política? Ok, cinco perguntas para quem está lendo embarcar nessa linha de pensamento em que me encontro.
 
Antigamente, as maiores fontes de renda dos países eram as matérias-primas não renováveis, e elas eram motivos de guerras também. Muitos alegam que a invasão dos Estados Unidos ao Iraque não foi pelo fato de o país asiático possuir um arsenal de armas e bombas e ameaçar a paz, mas, sim, pelo petróleo, nada comprovado e talvez nunca seja.
 
Acontece que agora o cenário é outro, o maior recurso econômico que um país pode ter não são mais plantações, minas de ouro ou petróleo. Hoje, o maior recurso econômico de um país é o conhecimento.
 
Para o governo, investir em conhecimento é caro, mas compensador. Para os países que não conseguem acompanhar o desenvolvimento de nações de primeiro mundo, resta colaborar com matéria-prima e comprar serviços. Investir em conhecimento requer recursos financeiros e coragem. Sim, o governo precisa de coragem, pois terá uma população instruída e pensante, capaz de se voltar contra ele, caso não concorde com algo.
 
Com um belo conhecimento e investimento em tecnologia, a Rússia, hoje, possui robôs, que, em um primeiro momento, eram para ir ao espaço realizar tarefas consideradas perigosas para os humanos, mas, após algumas viagens, o projeto foi encerrado. Há vídeos na internet do robô conhecido como Fedor (Final Experimental Demonstration Object Research) atirando com alta precisão e dirigindo veículos. O robô não fica inutilizável, com essas funções que ele exerce poderia atuar em guerras.
 
Além do Fedor, há outros, como, por exemplo, o Sfera, que é uma pequena bola capaz de fazer imagens em 360 graus, incluindo áudio e microfone de alta sensibilidade. O outro é o Uran-6', um robô de desminagem, que alcança um raio de 800 metros e fica até cinco horas sem precisar carregar.
 
Caso venha a ocorrer uma terceira guerra mundial, o motivo é apenas um predizer da minha parte, os mais evoluídos se sobressairiam. O motivo pode ser qualquer um que citei ou até mesmo outros, mas digo que o ser humano utilizará das tecnologias que criou para se equipar em uma possível guerra.
 
Ademais, é válido destacar um exemplo que se encontra no livro “Homo Deus”, do israelense Harari. Nesta possível guerra de que estou tratando, não teria somente robôs, poderia haver “bombas lógicas”, que são códigos de software maliciosos introduzidos em redes de infraestrutura de uma cidade. Essas bombas lógicas podem fazer, por exemplo, dois trens colidirem ao fazê-los se encontrar em uma mesma linha, ou desativar a energia de uma cidade inteira, atrapalhando a organização por meio da tecnologia.
 
Mas, claro, esclareço que não estou supondo uma terceira guerra mundial analisando a primeira e a segunda. Os tempos mudaram, uma guerra custa muito caro a qualquer país. Não digo somente pelas vidas perdidas, mas pelos investimentos em armamento, treinamento de soldados, sanções e outros gastos que devem existir. Mesmo não estando na guerra, países gastam o orçamento com defesa. Não é como antigamente, em que conquistar determinado território permitia ficar com todas as riquezas do lugar, vender os habitantes como escravos e dominar toda uma região. Uma guerra, hoje, implica em perder toda relação amigável com outros países e ser visto como ameaça por todos.
 
Atualmente, compensa mais ficar em cima do muro ou financiar guerras. Sei que soa estranho, mas é o que ocorre. A guerra na Síria, por exemplo, de onde veio todo aquele armamento? Do Irã? Iraque? Em outro livro de Harari, chamado “21 lições para o século 21”, o autor supõe que esses sejam os financiadores. Eu, particularmente, corroboro com suas suposições.
 
No site da BBC que trata dos valores gastos com defesas e dos equipamentos que os principais países desenvolvidos têm, eles afirmam que a Síria “dispõe de uma variedade de sofisticados sistemas de radares chineses”.
 
Uma solução para toda estupidez humana que leva a uma guerra e ocasiona danos irreparáveis? Não há formula mágica. Diferenças sempre existiram, ainda mais pelas diversas políticas e culturas exercidas em cada país, é necessário muito respeito, tolerância e humildade.
 
Estamos na era em que o pagamento é feito por um código 2D, já há carros que não precisam de motoristas o comandando, e, agora, temos robôs humanoides que sabem atirar e dirigir. Mas, ainda assim, somos atrasados em exercer valores mínimos para uma melhor convivência.
 
*Técnica em Administração, bacharel em Direito e pós-graduanda em Direito e Tecnologia.

(Os hiperlinks são da autora. O conteúdo dos artigos publicados pelo Diário de Contagem é de responsabilidade dos respectivos autores e não expressa a opinião do jornal.)
Comentários

Charge


Flagrante


Boca no Trombone


Guia Comercial


Enquetes


Previsão do Tempo


Siga-nos:

Endereço: Av. Cardeal Eugênio Pacelli, 1996, Cidade Industrial
Contagem / MG - CEP: 32210-003
Telefone: (31) 2559-3888
E-mail: redacao@diariodecontagem.com.br