Data de publicação: 03-12-2019 19:01:00

Lembre-se: apenas você viverá a sua vida

Centro de Integração Empresa Escola de Minas Gerais -  CIEE
Foto: Internet/Reprodução
 
Rui Miguel*
 
“A dignidade não consiste em possuir honrarias, mas em merecê-las”.
Aristóteles
 
Estamos tão cheios de preocupações no nosso dia a dia, de anseios por motivos financeiros, que, às vezes, para sobrevivermos – ou querendo ter mais, já que o demais nunca é o bastante –, deixamos de nos cuidar e nos anulamos. No entanto, o preço que pagamos por não termos tempo é muito caro, mesmo em um mundo tão evoluído e conectado.
 
Quando passamos por um problema grave, seja doença, conflitos na família, um ente querido que se foi, alguém que te magoou profundamente ou um problema financeiro, começamos a entender que perdemos muito tempo com coisas banais e fúteis. Não adianta você ficar explicando o quanto o seu problema é grave e está te afetando. Apenas você sabe quanta dor ele está te causando. Não arrisque, ninguém vai te entender. Você vai passar por isso sozinho. Então, faça tudo o que for possível para se fazer feliz.
 
Não existem impossibilidades para nós nem limites para a criação ou para a felicidade. A partir do momento em que colocamos algum empecilho, pedra ou obstáculo para a nossa felicidade, não somos dignos de tê-la. Se você acredita em alguma coisa, vá até o fim. Algumas pessoas vão acreditar em você, mas, tenha certeza, vão existir o dobro, o triplo ou incontáveis pessoas que te farão parar, desanimar, desistir. E são elas mesmas que, por covardia e comodidade (lembrando o fato de não acreditarem nelas e não se arriscarem a serem mais felizes), vivem na mediocridade usando mentiras bonitas, doces e macias nas quais insistem em acreditar. Pegam a covardia na lata de lixo, limpam, depois pintam e disfarçam de uma máscara que dizem ser comodidade, mas é tão fina e tão tosca que não encobre a vergonha que sentem de si mesmas, e inventam certas questões de consciência para tentarem incutir medo aos fortes.
 
Ser inconsequente ou ser leviano sempre será uma forma de você atingir níveis impensáveis. Se os seus atos atingem apenas você, seja inconsequente. Porém, no fim, tenha sempre a sensação de que mesmo falhando você tentou. Faça tudo para ser feliz. Seja diferente de todos e tudo que você conhece. A igualdade e a morosidade de nossa sociedade fazem com que sejamos um partícipe de gado. Somos levados de uma porteira para outra, sem discutir, sem questionar, apenas seguimos o líder e todos os que vão atrás dele, pois se todos estão indo, também devo ir. É mais certo, mais cômodo e, provavelmente, melhor.
 
Não é! E jamais será. Faça diferente, seja diferente. Não espere se espelhar em um amigo ou em qualquer pessoa que sonha em conhecer – e que talvez seja muito feliz – para dizer que a admira e que quer ser igual a ela. Não admire uma pessoa assim. Seja essa pessoa! Busque com todas as usas forças o que realmente te faz feliz, seja uma pequena atitude ou uma grande realização. Posso dizer, por experiência própria, que a maioria das nossas maiores realizações ocorre quando tomamos pequenas atitudes.
 
Não deixe ninguém interferir na sua decisão de ser feliz, porque apenas você pode viver a sua vida, apenas você irá vivê-la até o fim. Então, faça-o de maneira plena, deixando que as pequenas coisas do dia a dia realizem a adição e a introspecção de uma felicidade bem fundada, na qual por meio da clareza e da sinceridade dos seus olhos poderemos ver que não é uma espada para lidar e dispersar situações passadas, muito menos um escudo para proteger de revezes futuros.
 
Tendo em mente tudo isso, eu gostaria de deixar uma mensagem muito importante para quem quer levar uma vida leve e vivida – e não sobrevivida: todas as pessoas que você encontrar, sejam conhecidas ou totalmente desconhecidas, tente fazê-las sorrir de alguma maneira. Se você não for bom em piadas, não tem problema, sempre deixe – eu vou repetir: sempre deixe – qualquer pessoa com um sorriso estampado no rosto.
 
O poder da sua felicidade só vai ser profundo, inestimável, inigualável, comovente e contagioso se você puder externá-la de maneira sincera. Ela sempre virá acompanhada e comungada com o simples, o profundo e o complexo poder do amor. Tenha amor, demonstre amor, pratique o amor.
 
Mas, lembre-se: o amor acredita e ultrapassa todas as coisas. Assim, tudo que puder fazer em prol da sua felicidade, faça. E, melhor, faça com muito amor a você mesmo e ao seu próximo, e lembre-se de que esse amor acredita em você e ultrapassa os obstáculos que não vêm para te engrandecer. Não se preocupe em apenas buscar a felicidade, preocupe-se em viver sem cálculos, imposições ou como se ela tivesse uma receita pronta. Apenas seja feliz. Não tente apressá-la ou buscá-la, pois quando deixamos a obrigação de lado nos divertimos bastante.
 
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*Rui Miguel cresceu em Contagem. É formado em engenharia de rede de computadores e especialista Microsoft. Tímido e paradoxalmente extrovertido. Misterioso e intrigante, mas com um senso de humor incrivelmente inteligente e sarcástico. Em 2007, teve os primeiros sintomas do Parkinson e, depois de seis meses, o diagnóstico foi confirmado. É autor do livro “Entrando no parkinson de diversões” e, em 2017, foi nomeado comendador e profissional do ano com o blog que fala sobre “como viver a vida e não apenas sobreviver”. Também possui um canal no YouTube onde trata do mesmo assunto.
 
(O conteúdo dos artigos publicados pelo Diário de Contagem é de responsabilidade dos respectivos autores e não expressa a opinião do jornal.)
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