Foto: Marcello Casal Jr./Arquivo Agência Brasil

 
A queda de uma alça do viaduto Batalha dos Guararapes, em Belo Horizonte, completa seis anos nesta sexta-feira (3) com poucas novidades no caso. Até hoje, nenhum culpado foi condenado, nenhuma vítima foi indenizada e o processo ainda aguarda julgamento.
 
O desprendimento de uma parte da estrutura em plena avenida Pedro I, na região da Pampulha, resultou na morte de duas pessoas e deixou outras 23 feridas. Moradores locais, sobretudo os do entorno, viveram dias de angústia e incertezas. Muitos precisaram sair de casa ao mesmo tempo em que tentavam entender o que estava acontecendo.
 
O elevado, que fazia parte do pacote de obras da Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil (inclusive com jogos na capital mineira), ruiu antes da conclusão, que, àquela altura, já estava atrasada – a bola já rolava em campo na ocasião.
 
Há cerca de dois meses, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) solicitou à Justiça o bloqueio de R$ 30 milhões em bens das empresas envolvidas no projeto e na construção do viaduto visando assegurar o pagamento de multas e dos danos morais coletivos causados pela queda. O processo ainda aguarda parecer.
 
No ano seguinte à tragédia, em 2015, o inquérito da Polícia Civil concluiu que falhas no projeto levaram à construção inadequada da estrutura, sem a quantidade de material suficiente para sustentá-la. O MPMG, então, denunciou 11 pessoas, mas nenhuma chegou a ser condenada.
 
O restante do viaduto foi implodido meses após a queda de uma das alças.