Foto: Polícia Civil/Divulgação

 
A mulher que matou um bebê e abandonou o corpo na lixeira de um hipermercado no bairro Cidade Industrial, em Contagem, foi indiciada por ocultação de cadáver e homicídio qualificado (por motivo fútil e por asfixia), com aumento da pena por se tratar de uma vítima menor de 14 anos.
 
De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), que concluiu a investigação sobre o caso, a suspeita, de 29 anos, era mãe da menina, de 37 semanas, e foi identificada por meio de imagens das câmeras de segurança do estabelecimento.
 
“Ela disse, inicialmente, que a criança nasceu sem vida e, sem saber o que fazer, primeiro a envolveu em um lençol e depois a colocou em um guarda-roupas. Quando o companheiro a convidou para ir ao shopping, aí, sim, ela viu a oportunidade de descartar essa criança em outro local para que não fosse descoberta”, contou a delegada Elisa Moreira. Contudo, a polícia concluiu que a menina nasceu viva, mas foi asfixiada.
 
Segredo
 
Segundo Elisa, a gravidez era desconhecida por toda a família e seria resultado de um relacionamento extraconjugal. A delegada afirmou que, na casa da mulher, não havia qualquer peça de roupa infantil ou algo que indicasse uma gestação.
 
Em relatos à PCMG durante uma segunda oitiva, a suspeita confessou que a intenção era dar à luz em uma cidade do interior para manter o segredo, já que vinha passando por uma crise no casamento. No entanto, o bebê nasceu antes do previsto e ela “fez o que fez”, conforme informado pela delegada.
 
O companheiro da suspeita também foi investigado, mas, de acordo com a PCMG, não foi comprovada a participação dele nos crimes. O inquérito policial foi enviado à Justiça na última sexta-feira (14).
 
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