Data de publicação: 25-11-2020 11:57:00

Novos desafios para o turismo

Centro de Integração Empresa Escola de Minas Gerais -  CIEE
Foto: Reprodução Internet
 
Sebastião Alvino Colomarte*
 
O turismo é um dos mais importantes setores geradores de empregos da economia do país. Também é um dos mais afetados pela pandemia da Covid-19. Praticamente todas as atividades foram paralisadas desde março deste ano, quando o surto da doença efetivamente atingiu todo o Brasil. Assim, áreas relacionadas aos meios de transporte, hospedagem, agenciamento de viagens e serviços de alimentação e de lazer sofreram grandes perdas. Muitas empresas sucumbiram à crise, a maioria de pequeno porte e familiar, que, sem uma reserva financeira que lhes permitissem atravessar esse período complicado, tiveram que encerrar definitivamente as atividades.
 
De acordo com dados da Organização Mundial do Turismo (OMT), o impacto da Covid-19 foi tão grande no setor que a recuperação pode levar, em uma estimativa conservadora, entre cinco e sete anos – em 2019, o segmento registrou 7 milhões de brasileiros empregados. Conforme dados divulgados recentemente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o turismo brasileiro deixou de faturar, entre março e setembro deste ano, aproximadamente R$ 41,6 bilhões. Esse montante representa uma retração de 44% no faturamento ante o mesmo período do ano passado.
 
Especialistas estimam que mesmo quando decretado o fim da pandemia, ainda um pouco distante dos nossos radares, é esperado que, em um primeiro momento, grande parte da população fique receosa de frequentar áreas com aglomerações, e, por isso, deverá evitar viagens utilizando o transporte coletivo ou mesmo hospedar-se em hotéis, pousadas, além de deixar de visitar atrativos. Talvez só com a imunização da população por meio da vacina, cujos estudos estão bem adiantados e mostram-se promissores, esse cenário possa mudar.
 
É certo que os efeitos causados pela pandemia do novo coronavírus sobre o turismo serão devastadores e a recuperação deverá ser lenta e gradual. Nesse sentido, considero que este seja o momento ideal para rever a forma de reorganizar a equipe para lidar com o retorno maciço dos turistas. É necessário começar a planejar o desenvolvimento e a capacitação dela, deixando-a preparada para a retomada do setor.
 
Nesse cenário, os empresários e os responsáveis pela área de recursos humanos podem incluir no planejamento a utilização de, além de profissionais graduados, estudantes estagiários. Eles certamente ajudarão a impulsionar o recomeço das atividades em toda a sua plenitude, já que sempre levam sangue novo e motivação para qualquer empresa.
 
Como educador e diretor-presidente do Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais (CIEE/MG), que atua há mais de 40 anos em todo o Estado oferecendo oportunidades de estágios e de aprendizagem aos jovens, ratifico a importância de incluir os estudantes na estratégia de retomada das empresas do turismo. São jovens ávidos por uma oportunidade no mercado e que, certamente, irão colaborar para alavancar o setor, que, mais do que nunca, precisará de um novo impulso para voltar às atividades normais.
 
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*Professor e diretor-presidente do Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais (CIEE/MG)
 
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