Data de publicação: 24-03-2021 19:17:00

Queiroga diz que meta do governo é vacinar 1 milhão por dia

Jornal Diário de Contagem On-Line
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
 
AGÊNCIA BRASIL
 
O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quarta-feira (24), durante coletiva de imprensa realizada na Esplanada dos Ministérios, que será possível triplicar o ritmo atual de vacinação – atualmente na casa das 300 mil doses por dia – para chegar a cerca de 1 milhão de doses aplicadas diariamente.
 
“O compromisso número um do nosso governo é a implementação de uma forte campanha de vacinação. Todos sabem o esforço que foi feito para buscar vacinas. Hoje, sabemos que 95% da população brasileira deseja ser imunizada. E nós, agentes públicos, temos que envidar esforços para que o programa de vacinação tenha concretude”, declarou Queiroga.
 
A posição reforça o compromisso feito em rede nacional na última terça-feira (23) por Jair Bolsonaro (sem partido), que afirmou que o governo fará de 2021 o “ano da vacinação dos brasileiros”. “Somos incansáveis na luta contra o coronavírus. Essa é a missão e vamos cumpri-la”, afirmou o presidente.
 
Sem lockdown, mas com distanciamento
 
Quando perguntado sobre medidas não farmacológicas, o novo titular do ministério descartou o lockdown como uma resposta para conter a disseminação do vírus e citou outras formas de distanciamento.
 
“Quem quer o lockdown? Ninguém quer lockdown. O que temos do ponto de vista prático é adotar medidas sanitárias eficientes que evitem lockdown. Até porque a população não adere. A vacina é importante, mas precisamos usar máscaras, precisamos manter certo distanciamento. Vamos buscar maneiras de disciplinar o distanciamento social”, disse.
 
Medicamentos off-label
 
Questionado sobre o endosso do Ministério da Saúde a protocolos off-label – o uso de medicamentos e substâncias para tratamentos que não constam em bula –, Queiroga reiterou a importância da autonomia médica em relação aos pacientes, e lembrou que o conhecimento científico é dinâmico e está constantemente em revisão.
 
“Esta doença, que não tem tratamento específico, tem vários estudos que ainda não mostraram eficácia, como a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] atesta. O que precisamos alertar é que o conhecimento científico é dinâmico. No passado, se dizia ‘fica em casa e vai para o hospital quando tiver falta de ar’. A ciência evoluiu e vimos que precisamos atender o paciente precocemente. Compete ao médico, com sua autonomia, decidir caso a caso”, respondeu.
 
Queiroga afirmou que Bolsonaro lhe conferiu autonomia para montar a sua equipe e mencionou alguns nomes. Para a Secretaria Executiva, foi indicado o servidor de carreira Rodrigo Castro. Para a Secretaria de Atenção Especializada em Saúde, foi escolhido o Dr. Sérgio Okani, diretor-executivo de traumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo.
 
Uma secretaria especial será criada para o combate à pandemia, mas o nome não foi informado.
 
Durante a entrevista, Queiroga também foi questionado sobre a queixa de secretários estaduais e municipais de Saúde sobre o sistema para registrar mortes por Covid-19. No entanto, ele não respondeu se as mudanças exigindo mais dados seriam ou não mantidas. Em nota, o Ministério da Saúde informou que os novos campos serão suspensos por enquanto.
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