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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e a Secretaria Nacional de Segurança Pública lançam, nesta terça-feira (25), Dia Internacional das Crianças Desaparecidas, o Projeto de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, com o objetivo de ampliar os trabalhos de busca com o apoio da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos.
 
A primeira ação da campanha será o mutirão de coleta de DNA previsto para acontecer de 14 a 18 de junho no Instituto Médico-Legal Dr. André Roquette, em Belo Horizonte, e nos Postos Médico-Legais de Barbacena, Betim, Curvelo, Divinópolis, Governador Valadares, Ipatinga, Juiz de Fora, Lavras, Montes Claros, Patos de Minas, Poços de Caldas, Pouso Alegre, Sete Lagoas, Teófilo Otoni, Uberaba, Uberlândia, Unaí e Vespasiano.
 
“A ideia de datar uma semana é propor visibilidade para atingirmos o maior número de pessoas”, afirma o perito Higgor Dornelas, ressaltando que o trabalho será contínuo.
 
Levantamento
 
Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública mostram que, nos últimos seis meses, 499 pessoas desapareceram em Belo Horizonte, sendo que 449 foram localizadas. No interior, durante o mesmo período, o número de desaparecimentos foi de 2.213, com 1.223 pessoas encontradas.
 
A chefe da Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida, delegada Bianca Landau, faz algumas ressalvas relacionadas a desaparecidos. “Há dois pontos muito importantes a serem destacados. Em primeiro lugar, os familiares não devem esperar 24 horas para registrar o desaparecimento; quanto antes essa ocorrência for registrada, mais chances de resolutividade do caso”, diz.
 
O segundo ponto, de acordo com a delegada, é a comunicação de localização da pessoa encontrada assim que for possível (o que pode ser feito em uma unidade da PCMG ou da Polícia Militar) para que sejam encerradas as medidas adotadas, como a divulgação de dados e imagens, por exemplo.
 
A PCMG ressalta que, em Minas Gerais, ainda existe uma subnotificação significativa nos registros de localizações, fazendo com que o número de desaparecidos não reflita a realidade do Estado.