Foto: CBMMG/Divulgação

 
O soldador da Vale Renato Eustáquio de Sousa, de 34 anos, é a vítima mais recentemente identificada pelo Instituto de Criminalística da Polícia Civil (PCMG) após o rompimento da barragem em Brumadinho. Em 14 de janeiro deste ano, um fragmento do fêmur dele foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros (CBMMG) em meio aos rejeitos.
 
Nos últimos quatro meses, foram realizadas diversas análises no material até que ele fosse enviado ao laboratório de DNA do Instituto Médico Legal (IML), em Belo Horizonte. “Após quatro extrações, conseguimos traçar o perfil genético. É um processo complexo, uma vez que se trata de um osso localizado muito tempo após o óbito. Por isso foi necessária a repetição da extração”, afirmou o superintendente de Polícia Técnico-Científica, Thales Bittencourt de Barcelos.
 
O anúncio da identificação de Sousa foi feito na última quinta-feira (27). O soldador é a 260ª vítima identificada desde a tragédia ocorrida em 25 de janeiro de 2019 na região metropolitana; outras dez continuam sendo procuradas desde então.
 
Andamento
 
Atualmente, o CBMMG está implementando a oitava fase de buscas na área afetada pelo rompimento da barragem. Nesta etapa, a tecnologia será uma aliada na aceleração do processo de vistoria do rejeito de minério, a fim de se aumentar a possibilidade de localização das outras “joias”, como são chamadas as vítimas da tragédia de Brumadinho.
 
Desde o rompimento da barragem, há dois anos e quatro meses, mais de 4.000 bombeiros militares do Estado já atuaram na maior operação de busca e resgate do país.
 
“Dessa forma, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais segue comprometido e em busca dos desaparecidos pelo direito de encerrar um ciclo com a dignidade que merecem”, informou a corporação.
 
De acordo com a PCMG, até o momento, 909 segmentos de corpos já foram encaminhados ao IML, sendo que 874 (96%) deles já tiveram a identificação confirmada. Os outros 35 continuam em análise sob a custódia da polícia.