Foto: Raul Machado/ TJMG
Um homem foi condenado a 19 anos e quatro meses de prisão em regime fechado por matar a ex-namorada. O julgamento de Rafael Vargas Nunes foi realizado na última terça-feira (13) pelo 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte e a sentença foi por homicídio triplamente qualificado (feminicídio, motivo torpe, mediante dissimulação), além de corrupção de menores.
O réu planejou e ordenou a ação e ainda ofereceu suporte a dois adolescentes e a uma outra pessoa não identificada para a execução, segundo a denúncia feita pelo Ministério Público.
Em 6 de setembro de 2019, a mulher foi morta por um tiro dado à curta distância, no bairro Santa Amélia, região da Pampulha de BH, na porta de uma loja recém-alugada por ela. Na época, a vítima tinha um filho de seis meses com o autor do crime e havia tentado terminar o relacionamento alguns dias antes.
O julgamento
Rafael Vargas Nunes assumiu que foi o mandante do assassinato durante seu depoimento. Ele alegou que descobriu uma traição da ex-namorada e contratou um homem, por R$ 5 mil, para matá-la, mas negou que tenha corrompido menores. Ele afirmou que ficou sabendo que os adolescentes participariam da ação apenas no dia.
O réu também negou a acusação de adulteração de um carro roubado utilizado na data do crime. Segundo Rafael, ele não poderia revelar quem é o homem contratado, para a própria segurança e a da família.
A promotora responsável pela acusação, Ana Cláudia Lopes, ressaltou que, independentemente de a vítima estar com outra pessoa, o companheiro não poderia tê-la matado "de maneira fria e covarde".
A defesa foi feita pelo advogado José Augusto Marques Medeiros, que afirmou que não pediria a absolvição do acusado, mas defendeu a inocência dele nos crimes de corrupção de menores e adulteração de veículo.
O julgamento foi presidido pela juíza Myrna Fabiana Monteiro Souto. O réu respondeu ao processo preso e teve o pedido de recorrer em liberdade negado pela magistrada.