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A coleta seletiva de Contagem foi ampliada para mais 16 bairros, contabilizando 54, e passará a contemplar 30% da população do município, segundo a prefeitura. A medida está prevista no novo contrato de cooperação, assinado na última quarta-feira (22), que reforça a participação dos catadores de materiais recicláveis nesse serviço. Os novos locais a serem atendidos não foram informados pela administração municipal.

Atualmente, além do atendimento porta a porta, Contagem tem 13 pontos de entrega voluntária em locais que não são contemplados pela coleta seletiva. Ao todo, cerca de 9,7 toneladas de resíduos recicláveis são coletadas por dia. O Programa Municipal de Coleta Seletiva prevê que, até 2036, todo o município terá acesso ao serviço.

A coleta seletiva acontece uma vez por semana nos bairros que contam com o serviço, bem como em estabelecimentos comerciais e industriais, escolas, instituições de ensino e órgãos públicos.

Contrato de cooperação

A solenidade de assinatura do documento ocorreu no galpão de triagem de catadores do bairro Perobas e contou com a participação da prefeita Marília Campos (PT) e de membros do governo municipal, além de representantes da Associação dos Catadores Autônomos de Materiais Recicláveis (Asmac) e da Associação Rede Solidária de Contagem.

Na prática, de acordo com a prefeitura, o novo contrato expande a atuação dos catadores nos serviços de informação e mobilização da população acerca da reciclagem. Ele também oferece maior autonomia na gestão, por meio de capacitação e treinamento recebidos pelos profissionais.

“Queremos ampliar a geração de emprego e renda para os catadores e catadoras, o que é fundamental nesse momento de crise e falta de emprego pelo qual estamos passando”, afirmou a chefe do executivo municipal durante o evento.

O superintendente de Planejamento em Resíduos Sólidos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, João Batista de Lima Filho, ressaltou o papel ambiental e econômico da medida. “A coleta contribui diretamente para a preservação dos recursos naturais, a ampliação da vida útil do aterro sanitário e, principalmente, para a geração de trabalho e renda dos catadores”, disse. 

A presidenta Asmac, Erci Maria Gomes, também explicou como a ampliação da coleta seletiva na cidade auxilia no trabalho dos catadores. “Nós trabalhamos com pessoas da melhor idade (acima de 60 anos), que ficavam muitas vezes se sacrificando na rua para catar material, graças a Deus com a coleta mecanizada, essas pessoas vão receber o material nos galpões, realizando internamente a triagem dos recicláveis nestes locais”, destacou.