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Em Contagem, o cenário não é diferente do restante do Brasil, muitas empresas encerraram as atividades durante o período de pandemia do covid-19. Mas por causa do cenário macroeconômico desfavorável, as demais empresas estão com dificuldades para retomar a produção. Por isso, gestores públicos e privados locais apostam no fortalecimento das parcerias, nos acordos de cooperação e no investimento em inovação. 

A crise econômica, o aumento do desemprego, da inflação, a super valorização do dólar e a falta de previsibilidade do Governo Federal tornou ainda mais difícil a missão de administradores e gestores públicos e privados.

Segundo o professor de Administração de Empresas da Faculdade Única de Contagem e membro do Conselho Regional de Administração, Hugo Ferreira, a grade curricular atual inclui empreendedorismo, startup e desenvolvimento tecnológico.

“Acredito que seja possível transformar vidas por meio da educação. Com planejamento conseguimos garantir a permanência dos alunos na faculdade e estamos orientando os novos empreendedores para que tenham sucesso nos negócios. Para isso é fundamental conhecer bem o mercado, os produtos, os clientes e o próprio negócio. Estamos ajudando a desenvolver as mentes dos empreendedores e digo que a bagagem acadêmica é uma grande vantagem no mercado”, enfatizou.

Ainda segundo com o administrador, empreender precisa ser com segurança para que não haja perda de tempo e do investimento. Ele afirmou que administrar é função para um administrador e que na crise, se tornou fundamental reinventar, inovar, procurar parcerias e ferramentas de publicidade e de marketing capazes de divulgar os negócios para o maior número de pessoas. 

“Segundo o Sebrae, muitas empresas infelizmente fecham nos cinco primeiros anos justamente por falta de orientações e planejamentos. Por isso, o poder público também deve ajudar os empreendedores abrindo espaços, facilitando os processos e propiciando um ambiente favorável para os novos negócios. A conectividade se tornou ainda mais importante juntamente com a necessidade de dar mais visibilidade às ações que possam contribuir para a sociedade”, concluiu o professor Hugo.


Gerente acadêmico da Faculdade Única Contagem, Ramon Flauzino e o professor de Administração de Empresas da Faculdade Única de Contagem e membro do Conselho Regional de Administração, Hugo Ferreira

O gerente acadêmico da Faculdade Única Contagem, Ramon Flauzino, que é pedagogo e doutor em educação, disse que estava ansioso pela volta do ensino presencial. Segundo ele, infelizmente nem todos estavam preparados para o ensino remoto devido a falta de equipamentos, conhecimento em tecnologia e internet de qualidade.  

“Acredito que o ensino presencial é a principal ferramenta da educação por causa do contato pessoal, da importância do acesso aos laboratórios e as aulas práticas. Mas acredito também que muitas empresas continuarão adotando o trabalho remoto por causa dos benefícios que essa modalidade trouxe, o baixo custo operacional, a produtividade, a economia com o aluguel de espaços para as empresas e outros. A pandemia nos mostrou as nossas deficiências, um idioma que falta, o conhecimento digital e também fez com que buscássemos formação e informação”.

Segundo o professor Ramon, muitas empresas pararam ou faliram e precisam se reinventar para voltar a funcionar, mas o poder público precisa investir nas empresas que geram empregos e renda para a população. 

“As pessoas precisam ter a habilidade de transformar a informação em conhecimento. Isso porque o mercado não precisa de trabalhadores que reproduzem, que somente cumprem ordens. Nesse momento de retomada das atividades econômicas, precisamos profissionais que inovem, que tenham criatividade, que tenham ideias diferentes dos demais e iniciativa. Esses profissionais devem ser capazes de fazer com que os demais também tenham uma postura diferenciada”, explicou. 

Para contribuir na retomada da economia, a Faculdade Única Contagem oferece cursos e atividades de extensão de formação técnica seguindo as tendências do mercado de trabalho. 

De acordo com o Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Renê Vilela (PSB), as parcerias com instituições de ensino e empresas da cidade são essenciais para ajudar no processo de retomada econômica, gerando empregos e renda. 

“Várias instituições de ensino de Contagem ofertam cursos técnico profissionalizantes. Isso contribui para melhorar o ambiente de negócios do município, sobretudo para a atração de novos investimentos. Atualmente estamos desenvolvendo o Programa de Compras Públicas Locais que pretende viabilizar negócios entre o poder público e os pequenos fornecedores da cidade que geram a maioria dos empregos da cidade. Também estamos estimulando que as grandes empresas comprem no mercado local para que o capital gire dentro do próprio município”, informou.

O secretário finalizou dizendo que um termo de cooperação técnica foi firmado entre a Prefeitura de Contagem e a FIEMG (Federação da Indústria de Minas Gerais) que abrange várias frentes de trabalho e que tem feito visitas às empresas do município, juntamente com a prefeita Marília Campos (PT), para conhecer as necessidades dos empresários da cidade afim de contribuir com a melhoria da inserção competitiva dos empreendimentos da cidade.