Arcanjo Antonino Lopes do Nascimento, mais conhecido como Tim Lopes, foi um jornalista, repórter investigativo e produtor. Tim foi capturado por traficantes, torturado e executado. Desaparecido, a confirmação do assassinato veio após uma semana.

As investigações constataram que o corpo de Tim foi queimado em uma fogueira de pneus, chamado de “microondas” em uma clareira no topo do morro, no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio. Tim trabalhou na TV Globo de 1996 até o assassinato em 02 junho de 2002. Na época, ele fazia uma reportagem sobre abuso de menores e tráfico de drogas na região.

O jornalista que foi cruelmente assassinado tinha mais de 30 anos de carreira. Tinha uma verdadeira obsessão em combater a violência, as injustiças e as desigualdades sociais por meio do jornalismo.

Para produzir as matérias e denunciar as mazelas das comunidades do Rio de Janeiro, Tim se disfarçou de pedreiro para mostrar a dura vida dos canteiros de obras, fingiu ser dependente químico para denunciar irregularidades em clínicas de tratamento e até de Papai Noel para mostrar o Natal de crianças das favelas cariocas.

Assassinos

Sete homens foram responsados pelo assassinato de Tim Lopes. Dois já morreram, o traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, considerado chefe do grupo, encontrado morto em 2020, na cela do presídio federal de Catanduvas (PR) e Claudino dos Santos Coelho (Xuxa), morto em 2013, numa troca de tiros com o Bope.

Atualmente, somente Elizeu Felício de Souza (Zeu), está preso no Instituto Penal Vicente Piragibe. Quatro criminosos estão em liberdade, Reinaldo Amaral de Jesus (Cadê), livre desde 1º de dezembro de 2017, Fernando Satyro da Silva, (Frei), solto em 22 de março de 2017, Cláudio Orlando do Nascimento (Ratinho), em liberdade desde 17 de dezembro de 2020 e  ngelo Ferreira da Silva (Primo), que é considerado foragido por crime de roubo desde 2013.

Tim Lopes deixou a ex-esposa, a estilista Alessandra Wagner e o filho Bruno Quintella, na época com 19 anos, atualmente também jornalista.