Foto: CBTU/MG
Após assembleia realizada nesta segunda-feira (12), os metroviários decidiram pela greve no metrô de BH/Contagem. Segundo a categoria, os trens vão parar de circular a partir da meia noite e devem seguir até que o leilão seja suspenso.
A classe é contra o leilão da concessão do metrô de BH, previsto para o dia 22 de dezembro. Cerca de 1600 funcionários concursados estão preocupados com a privatização, por causa da possibilidade de perderem os postos de trabalho.
O secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais, Fernando Marcato, afirmou que a concessão para a iniciativa privada não deve ser barrada pela Justiça. “Deve prosseguir mesmo com uma ação movida pelo PT, contra o leilão”.
De acordo com o diretor da Federação Nacional dos Metroviários, Pablo Henrique, “a greve é contra a privatização, em defesa da ampliação, contra esse modelo que quer doar 2,8 bilhões do governo federal e 400 milhões do governo estadual para empresas privadas, sem garantia nenhuma de expansão”, explicou.
Em nota a Companhia Brasileira de Trens Urbanos - CBTU/MG se posicionou:
A CBTU-MG informa que, até o momento, não foi notificada oficialmente pelo Sindimetro sobre a deflagração de greve da categoria. A Companhia tomou conhecimento, pela imprensa, sobre a paralisação marcada para a próxima quarta (14/12).
Assim que for notificada, a Empresa tomará todas as medidas administrativas e judiciais cabíveis, pela manutenção do transporte sobre trilhos na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A Companhia frisa que não possui respostas sobre o processo de desestatização, além das já publicadas pelos órgãos oficiais, já que as diretrizes e ações a respeito são conduzidas pelo CPPI (Conselho do Programa de Parceria de Investimentos) e pelo Ministério da Economia e do Desenvolvimento Regional.
Assim, as demandas relativas ao processo devem ser endereçadas àqueles entes, para que haja informações concretas".