Data de publicação: 09-01-2023 15:30:00 - Última alteração: 23-01-2023 22:06:05

Governo contabiliza prejuízos da depredação em Brasília

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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A invasão de bolsonaristas golpistas às sedes dos três poderes aconteceu por volta das 15h, deste domingo (08). Segundo o ministro da Secretaria de Comunicação - Secom, Paulo Pimenta, a depredação foi “mais grave do que no Capitólio, nos EUA”.

Para o ministro da Secom da Presidência da República, Paulo Pimenta, nada teria ocorrido sem alguma facilitação. “Nos Estados Unidos houve uma tentativa de invasão da sede do Poder Legislativo e aqui no Brasil, assistimos à invasão das sedes dos Três Poderes”, disse.

Para demonstrar que a democracia está funcionando, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), despachou no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira (09). O gabinete do presidente não foi invadido porque é protegido por uma porta blindada. 

“A porta principal do Palácio do Planalto não foi quebrada, as pessoas entraram pela entrada principal. No Congresso Nacional também a porta não foi danificada. Mas no Supremo Tribunal Federal a porta foi destruída. As investigações terão que demonstrar como se deu a invasão”, afirmou.

Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, deixaram pelas salas do Planalto, sangue, fezes e urina. Diversas obras de arte valiosas foram destruídas e outras tantas foram roubadas pelos vândalos. "Parecia um bando de zumbi. Corriam pelos corredores, quebravam tudo, urinavam, defecavam nos corredores, dentro das salas. Foi um ato de destruição", destacou o ministro.

Pimenta disse que as pessoas envolvidas precisam ser responsabilizadas, civil e criminalmente. “Haverá um processo de identificação de todos que apoiaram, financiaram e participaram dos atos em Brasília e em outros estados. “Não iremos tolerar qualquer ato que tenha como objetivo enfraquecer a democracia e a Constituição”, finalizou Paulo Pimenta.

Ministro do STF, Alexandre de Moraes, afasta governador do Distrito Federal


Foto: José Cruz/Agência Brasil

Ibaneis Rocha ficará 90 dias afastado do cargo, de acordo com a decisão publicada na madrugada desta segunda-feira (9). O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal - STF, disse que houve descaso e omissão por parte do governador  e do secretário de Segurança do DF, Anderson Torres, exonerado.

Segundo o ministro, houve descaso e a conivência do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, do governo Bolsonaro, Anderson Torres, que seria responsável pelo planejamento para garantir a segurança e a ordem no DF, do patrimônio público, Congresso Nacional, Presidência da República e do Supremo Tribunal Federal, “A conduta de Torres só não foi mais acintosa do que a conduta dolosamente e omissiva do governador do DF, Ibaneis Rocha”, disse Moraes.

Para o ministro, Ibaneis ignorou todos os apelos das autoridades para a realização de um plano de segurança com a proibição de ingresso de manifestantes na Esplanada dos Ministérios, liberando todo o acesso.

O chefe do Executivo local e o secretário de Segurança exonerado Anderson Torres serão incluídos no inquérito que investiga atos antidemocráticos. A vice de Ibaneis, Celina Leão (PP), assumirá o comando do Executivo local nesse período.

Moraes determinou ainda a desocupação total do acampamento bolsonarista em frente ao Quartel do Exército, na área central de Brasília, em até 24 horas. Os que insistirem poderão ser presos em flagrante e enquadrados em pelo menos sete crimes diferentes. 

A desocupação deverá ser feita pelas polícias militares dos estados e Distrito Federal, com o apoio da Força Nacional e Polícia Federal se necessário, devendo o governador do estado e DF ser intimado para efetivar a decisão, sob pena de responsabilidade pessoal.

Em vídeo, Ibaneis Rocha pediu desculpas aos chefes dos Três Poderes. Ele disse que não se imaginava que os atos tomariam tal proporção. Mas o presidente Lula disse que não aceitaria as desculpas do governador afastado.

Ainda na noite de domingo (08), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a publicação de um decreto que prevê a intervenção na área de segurança pública do governo do Distrito Federal (GDF), até 31 de janeiro.

Fonte: Agência Brasil - Brasília
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