Moradora do bairro Oitis conseguiu capturar e proteger um gambá nesta quarta-feira (18), até que a Guarda Civil Ambiental de Contagem, fosse buscar o bichinho. A notícia chegou ao grupo dos Protetores dos Animais do Combea, que viabilizaram o resgate.

A Confeiteira Paola Aparecida Batista contou que o gambá apareceu na segunda-feira (17), sumiu, mas voltou a visitar o quintal da residência. “A fofurinha estava assustada, acuada e tremia muito. Lembrei que várias pessoas da região consomem a carne desses animais, então, logo fui pegar a gaiola para capturar o bichinho e ligar nos órgãos responsáveis”, disse.

Paola disse que se a Guarda Civil não fosse à residência, iria soltar o gambá em uma mata, próximo ao Shopping Contagem, no bairro Cabral.

“Vi o gambá porque um dos meus pets latia muito. Todos são calminhos e não tem costume de latir à toa. Os cães começaram a latir para o gambá da minha porta. Ao tentar fugir, o gambazinho correu para dentro de um cano, aí aproveitei, levantei o cano e fiz bichinho escorregar para dentro da gaiola. Meu filho de quatro anos pediu para ficarmos com o gambá, mas ensinei pra ele que cada bichinho tem o seu lugar, o seu habitat”, contou.


Foto: Paola Batista

O agente do Grupamento Policiamento Ambiental - GPA da Guarda Civil de Contagem, Paulo Loureiro, orientou a população para não tentar capturar os animais silvestres e aguardar a chegada da guarnição, que esteve no local e levou o gambá para ser avaliado.

“O ideal é o morador manter o animal onde está, sem acuá-lo ou tentar prendê-lo. Ligue 153 e chame a Guarda Civil Ambiental de Contagem. Vamos ao local capturar e avaliar as condições de saúde do animal. Caso haja alguma ferida ou algum sinal de doenças, levamos para uma clínica veterinária parceira para receber tratamentos. Caso o bicho esteja saudável, tentamos encontrar uma mata com o habitat ideal para cada espécie”, explicou. 


Foto: GCM

A moradora entendeu as orientações, mas aproveitou para reclamar do grande número de cães e gatos soltos, abandonados pelas ruas da região. Segundo Paola, a doença esporotricose está circulando pelo bairro Oitis e região.

“Tenho o fungo ativo da esporotricose no sangue e estou em tratamento. Tive contato com um gatinho cheio de feridas aqui no bairro. Peguei o gato no colo para levá-lo ao veterinário e assim contrai a doença. Por aqui está cheio de gatinhos sofrendo com essa doença e não vejo os órgãos públicos de saúde falando sobre essa doença infecciosa”, reclamou a moradora.

Atualmente, o Conselho Municipal de Bem Estar Animal - Combea, ligado às Secretarias Municipais de Saúde e Meio Ambiente e Sustentabilidade, trabalha para criar a Superintendência e o Fundo de Proteção Animal. 

As castrações foram retomadas em 2022, com prioridade para os cães e gatos resgatados por protetores, mas o planejamento é ampliar a esterilização para os animais soltos nas ruas e para os tutores sem condições financeiras para custear o procedimento médico veterinário, essencial para o controle populacional.

Fotos de bichos resgatados pela Guarda Civil Ambiental:





Fotos: GCM