Data de publicação: 02-02-2023 21:59:00 - Última alteração: 06-02-2023 22:50:54

Dia triste para o jornalismo, morre Glória Maria

Centro de Integração Empresa Escola de Minas Gerais -  CIEE
Foto: Robson Rodrigues

Festival Planeta Brasil BH, em 2018

A jornalista, repórter e apresentadora de televisão, Glória Maria Matta da Silva, morreu nesta quinta-feira (2), no Rio de Janeiro, onde estava internada tratando um câncer de pulmão que progrediu para metástase. Veículos de comunicação e jornalistas do mundo reverenciam o trabalho de Glória.

Considerada um dos maiores símbolos do jornalismo brasileiro, Glória Maria foi a primeira repórter a aparecer ao vivo na TV em cores no Brasil, no Jornal Nacional. A carioca nasceu no dia 15 de agosto de 1949, na Vila Isabel, no Rio de Janeiro, e brincava de esconder a própria idade.

Glória trabalhou desde o início dos anos 1970, na TV Globo. A repórter estreou em 1971, fazendo a cobertura difícil do desabamento do Elevado Paulo de Frontin, no Rio de Janeiro, um viaduto que caiu e vitimou muitas pessoas.

No programa Fantástico, Glória viajou por mais de cem países, em praticamente todos os continentes. Fez matérias especiais em lugares exóticos, reportagens que encantaram e abriram portas para várias outras repórteres mulheres e negras, que atualmente se destacam na profissão.


Foto: Redes Sociais

Glória fez questão de cobrir a guerra das Malvinas em 1982, para mostrar que as mulheres também poderiam ser corresponsáveis em conflitos armados. A partir daí, cobriu a invasão da embaixada brasileira do Peru por um grupo terrorista em 1996, os Jogos Olímpicos de Atlanta em 1996 e a Copa do Mundo na França em 1998.

Em dezembro de 2022, Glória precisou se afastar da apresentação do “Globo Repórter” para cuidar de sua saúde. Em 2019, a jornalista já tinha se afastado por quase dois anos para operar um tumor no cérebro e depois por conta da pandemia da Covid-19.

Glória Maria deixou duas filhas adotivas, Laura e Maria Matta da Silva, e milhões de fãs e colegas de trabalho que se inspiram no profissionalismo, na vontade de viver, na simpatia e na habilidade de fazer amigos. 

Uma mulher forte, verdadeira, que viveu, que abriu portas, deu exemplo de como lutar contra o racismo. O mesmo racismo que Glória também foi vítima, mas ela soube denunciar e se defender.

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