Foto: Secom/Divulgação
O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, recebeu a diretoria da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), nesta segunda-feira (6), quando foi discutida a valorização dos profissionais da comunicação como forma de defesa da democracia.
O ministro reconheceu o papel fundamental da imprensa como elo com a sociedade. A reconstrução da imagem do jornalismo, desgastada nos últimos anos, fez parte do debate.
"O comprometimento do governo com o jornalismo profissional e defesa dos próprios profissionais tem sido, reiteradamente, defendido pelo governo. Em especial após o dia 8 de janeiro, com empenho na proteção dos profissionais", destacou Pimenta.
Reconhecimento da profissão
A defesa pelo reconhecimento profissional também foi discutida. O mercado jornalístico sofreu com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2009, que extinguiu a exigência de diploma para exercício da profissão de jornalista.
Os dirigentes da Fenaj lançam o alerta sobre a desqualificação da mão de obra, hoje exercida até "por pessoas menores de idade que conseguem obter o registro profissional e passam a trabalhar com o jornalismo", indica a
A presidente da Fenaj, Samira de Castro, e os demais dirigentes, lançaram um alerta sobre a desqualificação da mão de obra. “Hoje a profissão de jornalista é exercida até por pessoas menores de idade que nem podem obter o registro profissional”, alertou.
Paulo Pimenta garantiu que as demandas dos profissionais serão ouvidas e acatadas pelo Governo Federal. "Essa questão da regulamentação podemos avançar. Imagino que será no âmbito do Ministério do Trabalho", explicou o ministro.
Segurança no trabalho jornalístico
A segurança para os profissionais no desempenho das funções também é uma prioridade do ministro. Ele sinalizou interesse em construir um debate com entidades internacionais, como a Unesco, para intervir na banalização da violência desferida contra jornalistas e outros profissionais da área.
"No mundo inteiro vemos morte de jornalistas, até como resposta da prática da direita em desacreditar as instituições. Precisamos dar uma sinalização à classe de que vai mudar", destacou a presidente da Fenaj.
EBC
A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) também foi pauta da reunião. "A EBC é muito mais que uma TV pública, ela é uma agência de notícias importantíssima: tem rádio, tem a parte de comunicação institucional e cada uma com distinta configuração. A Agência Brasil é uma agência de notícias que ao mesmo tempo presta serviços ao governo", salientou o ministro.
Pimenta conclui o debate com a priorização da defesa da democracia e da verdade. “A EBC é uma empresa pública não governamental. Ela não foi constituída para defender o governo, mas para levar informação legítima à população", finalizou Pimenta.
Fonte: Agência Brasil