Fotos: SEEMG
Cumprindo a decisão de 28 de junho, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem paralisaram as atividades e fizeram outra assembleia nesta terça-feira (4), no Complexo Hospitalar. Nesta quarta-feira (5), a paralisação continua, mas sem atos.
A categoria reuniu em frente ao Hospital Municipal de Contagem para manifestar e deliberar ações capazes de pressionar o governo municipal a dialogar com os representantes dos trabalhadores e assim, discutir a pauta de reivindicações.
O movimento foi convocado pelo Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Minas Gerais - SEEMG, juntamente com o SindSaúde Contagem. A principal reivindicação é o pagamento do piso nacional da categoria, mas os trabalhadores cobram também:
Ajustes na carga horária; pagamento do adicional de insalubridade, aumento do vale alimentação; melhores condições de trabalho nas unidades de saúde da cidade, na estrutura e na contratação de mais profissionais para fortalecer as equipes, tirar a sobrecarga dos servidores e, assim, melhorar o atendimento dos pacientes e acompanhantes.
Segundo o presidente do SEEMG, Anderson Rodrigues, os profissionais da linha de frente necessitam de uma remuneração justa e condizente com a relevância e complexidade da profissão. “É uma paralisação justa para valorizar esses profissionais que foram chamados de heróis durante a pandemia, mas que ainda não aconteceu a valorização”.
Durante a manifestação, o secretário de Governo, Pedro Amaral, respondeu ao ofício enviado pelos sindicatos confirmando que será convocada uma reunião para início de agosto para discutir as pautas em geral, principalmente o piso salarial que aguarda posicionamento do STF.
“A mobilização vai continuar até o início de agosto, quando uma nova assembleia será realizada para definir os próximos passos, considerando as possibilidades de apresentar pedidos de embargos declaratórios relacionados à decisão do Supremo Tribunal Federal”, afirmou Rodrigues.
Foi mantido a realização de atos semanais. O primeiro será na terça-feira (11), às 9h na porta da prefeitura.
Segundo a diretora jurídica do SindSaúde Contagem, Rafaelle Carvalho, somente os trabalhadores de folga vão participar dos atos, isso porque o governo está descontando os dias dedicados à greve, direito que está na Constituição Brasileira.
“Serão realizados atos representativos até a data da reunião da Comissão Permanente de Negociação - Copemg. Após o agendamento desta reunião, uma assembleia será convocada no mesmo dia”, disse Carvalho.
Diante desse cenário, o presidente do SEEMG, concluiu que a paralisação representou uma etapa importante na luta pela valorização e implementação do piso salarial dos profissionais de enfermagem em Contagem. “A categoria continua engajada na busca por melhores condições de trabalho e remuneração justa”, finalizou.