Data de publicação: 24-07-2023 21:15:00 - Última alteração: 24-07-2023 21:28:30

Polícia Militar Rodoviária de Minas Gerais realiza blitz truculenta em Contagem

Centro de Integração Empresa Escola de Minas Gerais -  CIEE
Fotos: Robson Rodrigues

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Blitz realizada por uma equipe da Polícia Militar Rodoviária de Minas Gerais, na tarde do sábado (22), na avenida Francisco Firmo de Matos, no bairro Eldorado, causou indignação e revolta entre os motoristas abordados. 

Segundo relatos de motoristas abordados, a blitz chamou a atenção pelo abuso de autoridade e pela falta de diálogo. Os policiais não permitiam que os condutores argumentassem e, aqueles que insistiam em questionar, eram retirados à força do veículo, submetidos a revistas truculentas e ameaçados.

Alguns condutores tentaram, mas os policiais não permitiram que os motoristas pagassem os débitos no local, o que poderia evitar o reboque e apreensão dos veículos. Então, os condutores que caíram na armadilha foram obrigados a retirar os pertences e seguir a pé, mesmo sendo uma família com crianças e idosos.


Um condutor que preferiu não se identificar por medo de represálias, disse que a intenção da operação policial era realmente rebocar o maior número possível de veículos. Para isso, tinha tres ou quatro reboques preparados para guinchar os carros. 

“Morei nos Estados Unidos por alguns anos e lá, qualquer irregularidade leve, os agentes explicam, aplicam a multa conforme a Lei e se o condutor regularizar rápido o carro ou a documentação e enviar os comprovantes, a multa é automaticamente extinta. Lá existe blitz educativa, aqui no Brasil não. Os policiais de lá dão bom dia e boa tarde no início da abordagem”, disse um motorista teve o veículo apreendido porque esqueceu de pagar a última parcela do IPVA 2023 e uma multa de 202, que segundo ele, ressurgiu das cinzas.


Abuso de autoridade

Um motorista de 59 anos, que também preferiu não se identificar temendo represálias, relatou que passou por uma experiência traumática durante a blitz. Ele disse que tentou argumentar e resolver as pendências financeiras no momento da abordagem, mas foi tratado com grosserias e falta de educação pelos policiais. 

"Por ter insistido e tentado resolver o problema naquele momento, fui retirado de dentro do carros, jogado contra a lateral, fui submetido a um revistas invasivas e depois ameaçado por um policial que possivelmente tem a metade da minha idade. Ele disse que se eu não calasse a boca, iria me quebrar todo. Foi um momento de horror, temi pela minha integridade física e mental", disse o motorista.

Operações truculentas e os métodos utilizados pela Polícia Militar Rodoviária em blitzes,  tem gerado debates que levantam a importância da educação e do diálogo durante as abordagens. 

Os relatos de abusos e desrespeito às garantias individuais são preocupantes e devem ser investigados pelas autoridades competentes. Isso no ano em que Polícia Militar Rodoviária, que se intitulam “Os Anjos da Guarda dos Caminhos de Minas”, completa 52 anos. O cuidado com a segurança nos caminhos de Minas deveria ser feita com preparo e educação.


Cobranças abusivas e morosidade 

Com o veículo apreendido, os condutores tem que pagar todos os débitos, esperar cerca de três dias para os débitos serem baixados no Detran-MG e, posteriormente, ir a um posto do UAI para emitir o documento 2023 para depois ir ao depósito tentar reaver o veículo. 

De acordo com um despachante, os depósito de veículo credenciado pelo Detran-MG praticam preços diferentes. Em média é cobrado aproximadamente R$300 pelo serviço de reboque e cerca de R$50 por cada diária.

A reportagem do DC Online fez contato com o comando da PMMG para que se manifestem sobre os fatos relatados na reportagem.
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