Como acontece todos anos, após do rompimento da barragem da mineradora, homenagens às vítimas acontecem na entrada da cidade, sempre no dia 25 de janeiro. Esse ano, o Coletivo Lambuzados vai participar do ato em memória das vítimas da tragédia/crime da Vale, ocorrido em 2019.

Voluntários do Coletivo Lambuzados vestem roupas sujas de lama de minério, cantam musicas e carregam cartazes contra a mineração predatória, que, segundo eles, destrói serras, matam rios, matam peixes e matam gente. 

No total em Brumadinho, foram 272 vidas perdidas entre funcionários e terceirizados da mineradora Vale, 269 jóias foram encontradas e tres ainda estão desaparecidas, Tiago Silva, Maria de Lurdes Bueno e Nathália Araújo. 

As buscas continuam, juntamente com os processos na justica que ainda não puniu nenhum dos responsáveis pela barragem do Córrego do Feijão, que ficava acima da área administrativa da empresa, bem na rota da lama de rejeitos da mineração.

Na época, a empresa multinacional alemã Tüv Süd, com sede em Munique, fundada em 1866, especializada em ensaios técnicos de certificação, teria emitido laudos fraudulentos afirmando que a barragem seria segura e que não seria necessário a interrupção dos trabalhos na estrutura que existia rachaduras e vazamentos de material liquido.

Mesmo depois da tragédia de Mariana, três anos antes, em 2016, a barragem do Córrego do Feijão de Brumadinho, também de propriedade da Vale, se rompeu no dia 25 de janeiro de 2019, às 11:30h, causando pânico, destruição e mortes de vidas humanas, animais, da fauna e flora.  

Segundo familiares de vítimas, “a Vale e Tüv Süd puseram seus lucros acima das vidas dos trabalhadores, da sociedade e de toda forma de vida”. 

Serviço:

Homenagens às vítimas da Vale - Coletivo Lambuzados
Concentração às 10:30 no letreiro de Brumadinho - MG.


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