Data de publicação: 08-04-2024 17:45:00 - Última alteração: 16-04-2024 19:30:11

Corpo do jornalista e artista mineiro Ziraldo é sepultado no Rio

Centro de Integração Empresa Escola de Minas Gerais -  CIEE
Foto: Divulgação

O cartunista, chargista, pintor, escritor, dramaturgo, cartazista, caricaturista, poeta, cronista, desenhista, apresentador, humorista e jornalista, Ziraldo Alves Pinto, morreu aos 91 anos, na tarde do sábado (6), em casa, de causas naturais. 

O velório, no Museu de Arte Moderna (MAM), do Rio de Janeiro, foi aberto ao público e recebeu a presença de fãs, amigos, parentes, autoridades e artistas. O sepultamento foi na tarde do domingo (7), Dia do Jornalista, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul do Rio.

Um boneco do Menino Maluquinho, personagem mais conhecido criado pelo artista, e outro de Jeremias, o Bom, foram colocados ao lado do caixão. Um áudio com palavras de Ziraldo, foi longamente aplaudido pelos presentes.

Ziraldo também foi homenageado durante o jogo entre Flamengo, seu time de coração, e Nova Iguaçu, pela final do Campeonato Carioca. O capitão da equipe entrou com um desenho do Menino Maluquinho na faixa colocada no braço.

Ziraldo, nasceu em 24 de outubro de 1932, em Caratinga, Minas Gerais, onde passou a infância. O filho mais velho da família com sete irmãos, o nome Ziraldo foi a combinação do nome da mãe (Zizinha) com o nome do pai (Geraldo).

Leitor desde a infância, o primeiro de desenho publicado foi quando tinha apenas seis anos de idade, em 1939, no jornal “A Folha de Minas”.

O artista foi o criador de personagens como “O Menino Maluquinho” e a “Turma do Pererê” e, um dos fundadores de um dos principais veículos de comunicação que combateu a ditadura militar no Brasil, o jornal “O Pasquim”.

Em 1957, Ziraldo se formou em Direito na Faculdade de Direito de Minas Gerais - UFMG, em Belo Horizonte. Nunca exerceu a profissão, mas se tornou o primeiro doutor da familia e, no mesmo ano, entrou para a revista “A Cigarra” e, depois, “O Cruzeiro”. 

Em 1958, se casou com Vilma Gontijo e tiveram três filhos, Daniela, Fabrizia e Antônio. A partir de 1960, trabalhou no “Jornal do Brasil” e publicou charges políticas e cartuns, época dos personagens Jeremias, o Bom, Supermãe e Mineirinho.

Um “sonho infantil” foi realizado nesse período, foi autor de histórias em quadrinhos na primeira revista brasileira do gênero, “Turma do Pererê”. Um pequeno índio e vários animais do universo folclórico brasileiro, como a onça, o jabuti, o tatu, o coelho e a coruja, foram os personagens.

No início do regime militar em 1964, revista deixou de ser publicada, mas em 1969, Ziraldo e outros humoristas, fundaram“O Pasquim”, publicação com textos ácidos, ilustrações debochadas e personagens inesquecíveis, como o Graúna, os Fradins ou o Ubaldo, que lutaram pela democracia. Mas em 13 de dezembro de 1968, um dia depois de ser baixado o AI-5,  Ziraldo foi detido em casa e levado para o Forte de Copacabana.

Em 1969, publicou seu primeiro livro infantil, “FLICTS”, em 1979, começou a se dedicar à literatura para crianças, quando o maior sucesso, “O Menino Maluquinho”, foi criado em 1980. Personagem considerado um dos maiores fenômenos do mercado editorial brasileiro em todos os tempos.
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