Fotos: Guilherme Bergamini
Ambientalistas levantaram acusações contra a Vale durante audiência pública na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta segunda-feira (6).
O motivo foi o relatório alarmante do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), que identificou níveis preocupantes de contaminação na água de Itabira, na Região Central. O relatório, que abrange o período de 2014 a 2023, revelou que nos seis pontos de monitoramento no município foram encontrados teores elevados de coliformes fecais e de metais nocivos à saúde.
Segundo o diretor-geral do Igam, Marcelo Fonseca, os resultados apontam para níveis acima do padrão de manganês em todas as amostras, de ferro dissolvido em 66% delas, de alumínio dissolvido em 25% e de sulfetos em 45%.
A presença desses metais é associada às características da região, conhecida como quadrilátero ferrífero, onde estão localizadas as maiores jazidas de minério de ferro do Estado. Além disso, a bactéria E. Coli foi detectada em 97% das amostras, e o fósforo total em 100%, indicando problemas de saneamento básico na área.
As denúncias levantadas pelos ambientalistas geraram grande preocupação entre a população local e instigaram debates sobre as responsabilidades da empresa Vale em relação à contaminação da água em Itabira.
Fonte: ALMG