Fotos: Robson Rodrigues Moreira
No dia 1º de maio, foi realizada a tradicional missa do trabalhador na praça Antônio Mourão Guimarães, mais conhecida como praça da Cemig. Segundo a Guarda Municipal de Contagem, cerca de 4 mil fiéis compareceram na celebração.
A missa foi presidida pelo Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, Dom Luiz Gonzaga Fechio e celebrada pelo Vigário Episcopal da Região Nossa Senhora Aparecida (Rensa), Frei Luiz Antônio Pinheiro, 18 padres e 5 seminaristas.
O desempregado, Willian Valério da Fonseca, do bairro Industrial, disse que está sem emprego há vários anos. “Vim rezar na esperança de conseguir um emprego”, relatou o rapaz com balas e doces para vender.
Maria Auxiliadora Salomão Sampaio disse que participa da celebração há 25 anos e que vai a pé junto com os membros da sua igreja do bairro Durval de Barros. “Gosto muito da missa do trabalhador, pretendo vir por muitos anos ainda”, enfatiza.
Após a comunhão, um manifesto em defesa da vida no planeta assinado pela Rensa foi lido por Dom Luiz.
O texto pediu em favor do Parque Estadual do Rola Moça que está ameaçado pelas mineradoras e pelo poder econômico; pela Represa de Várzea das Flores que teve suas margens ocupadas irregularmente comprometendo o abastecimento e a natureza; pelo movimento pró-metrô que defende a mobilidade urbana; pela história dos catadores de materiais reciclados que contribuem para limpeza das cidades; por melhores condições de trabalho; por melhor salário mínimo e condenou os altos salários do executivo, legislativo e judiciário; pelas precárias condições de moradia e saúde.
No final da missa, uma bandeira branca de 150 metros passou de mão em mão dos fiéis até chegar ao altar para celebrar a paz.
“Vamos sair daqui sabendo que valeu a pena e que Jesus irá conosco”, disse Dom Luiz dando a benção final.