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O recado da indústria mineira para o Banco Central do Brasil foi entregue ao seu presidente, Alexandre Tombini. Na segunda-feira (1), ele visitou a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e almoçou com empresários.
O presidente da Fiemg, Olavo Machado Junior, coordenou o encontro e pediu juros mais baixos para o setor produtivo brasileiro e atenção para a excessiva valorização do real frente ao dólar.
Machado afirmou que é possível criar juros diferenciados para o consumo e para o setor produtivo. “No final da década de 70 e início de 80, o Banco Central disponibilizava duas taxas. Uma mais restritiva, para regular o consumo, e outra menor, para o capital de giro e estímulo à produção”, destacou.
Para ele, os bons resultados econômicos do Brasil foram construídos com a ajuda da indústria. “Hoje, o mercado consumidor brasileiro é forte porque ajudamos a criá-lo. Agora, queremos participar ativamente de sua manutenção e precisamos de medidas que nos permitam competir de forma igual e justa com outros países”, disse.
O movimento de alta dos juros – que já subiram 1,75 ponto percentual neste ano – foi justificado por Tombini com o cenário externo, de políticas monetárias expansionistas e de grande liquidez de capital, e com a expansão do crédito no Brasil. Para ele, esses fatores aumentaram a pressão sobre a inflação no país.
Tombini também enfocou o combate à inflação na sua fala aos empresários. Os fatores que apontou como decisivos no ciclo de subida dos preços foram a alta das commodities agrícolas, o reajuste no transporte urbano, chuvas mais fortes que o esperado nos primeiros meses do ano e o choque nos valores do etanol.
Fonte: Assessoria da Fiemg