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Após dois meses de recuperação, a produção industrial do Japão sofreu uma desaceleração em julho, quando registrou um crescimento de 0,6% em relação ao mês anterior.
A queda foi causada principalmente pela forte valorização do iene e pela queda nas exportações para a China. A economia de energia elétrica imposta pelo governo japonês também contribuiu para a retração.
Mesmo assim, foi o quarto mês consecutivo de crescimento, o que sugere que o país está se recuperando das consequências do forte terremoto seguido de tsunami que destruíram parte do país em março passado.
Em junho, segundo dados do governo, o crescimento tinha sido de 3,8%. De qualquer forma, o setor manufatureiro já antecipou que espera um crescimento de até 2,8% para o mês de agosto, impulsionado pela demanda interna por produtos para o verão.
Segundo a avaliação divulgada pelo Ministério da Economia, "a tendência é de recuperação".
Outro fator importante que influenciou no fraco desempenho do setor manufatureiro foi a lenta recuperação da indústria automotiva japonesa.
Dados apresentados hoje pela Associação Japonesa de Fabricantes de Veículos mostram que a produção teve uma queda de 8,9% em julho em relação ao ano anterior. Foi o décimo mês de queda consecutiva.
O presidente da entidade, Toshiyuki Shiba, já pediu ao novo primeiro-ministro, Yoshihiko Noda, que revitalize o mais rápido possível a economia japonesa.
Entre as principais reivindicações estão a desvalorização do iene, a ampliação de acordos de parceria econômica e a garantia de fornecimento estável de eletricidade.
Fonte: BBC