Foto: BBC
Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos aponta que, para mais da metade dos americanos entrevistados, o país está mais seguro contra o terrorismo hoje em dia do que antes dos atentados de 11 de setembro de 2001.
No entanto, segundo o levantamento, realizado pelo Public Religion Research Institute em conjunto com o Brookings Institution, em Washington, quase sete em cada dez americanos dizem que os EUA são hoje menos respeitados no resto do mundo, e 77% afirmam ter menos liberdades pessoais.
Passados dez anos dos atentados realizados por extremistas islâmicos, a pesquisa sugere que a imagem da religião permanece prejudicada e que ainda há grande desinformação por parte dos americanos a respeito dos muçulmanos e suas crenças.
"Apesar de a maioria dos líderes ter se empenhado em traçar uma clara distinção entre 'terror', 'violência extremista' e 'jihadismo' de um lado e o Islã de outro, seus esforços foram apenas parcialmente bem-sucedidos", dizem os analistas William Galston e E. J. Dionne Jr, do Brookings Institution.
Três em cada dez americanos admitem não saber nada sobre as práticas e crenças religiosas dos muçulmanos, e quase metade dizem que os valores muçulmanos são incompatíveis com o estilo de vida americano.
Quase metade também afirma não se sentir confortável com a possibilidade de construção de uma mesquita perto de suas casas, e outros 45% afirmam sentir desconforto ao ver um grupo de muçulmanos ajoelhados rezando em um aeroporto.
Ao mesmo tempo, 88% dos americanos concorda que seu país foi fundado sobre a ideia de liberdade religiosa para todos, incluindo para grupos impopulares.
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