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A convocação de uma passeata multitudinária na Praça Tahrir, no Cairo, nesta terça-feira, expõe o dilema sobre o futuro político do Egito, dividido entre os que apoiam a junta militar no poder e os que exigem uma transição mais veloz a um governo civil.
Ativistas instaram a população a ocupar em massa a praça, pedindo a saída do Conselho Militar. Desde a noite de segunda-feira, centenas de milhares de pessoas estão se reunindo na Tahrir, palco de três dias consecutivos de violência entre soldados e manifestantes, que resultou em mais de 30 mortes e centenas de pessoas feridas. Os confrontos continuam nesta terça.
Desde a derrubada da monarquia, em 1952, as Forças Armadas têm estado por trás de todos os governos do país, e controlam estimados 20% a 40% da economia.
O próprio Exército pressionou pela renúncia de Mubarak quando percebeu que este havia perdido apoio popular. Desde então, a maior autoridade do país é o Conselho Supremo das Forças Armadas, agora questionada pelos manifestantes.
Fonte: BBC.