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O regime de Bashar al Assad, da Síria, cometeu "crimes contra a humanidade sistemáticos durante a repressão aos protestos anti-governo". Esta é a conclusão de um relatório do Conselho de Diretos Humanos, da ONU, divulgado nesta segunda-feira em Genebra.
Segundo o documento, redigido por uma comissão independente liderada pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, 3.500 pessoas morreram na repressão aos protestos, que tiveram início em março.
A comissão, que aponta ainda casos de tortura e violência sexual, inclusive contra crianças, não obteve autorização de Damasco para entrar na Síria e fazer observações de campo.
O grupo, no entanto, entrevistou 223 pessoas, entre vítimas, testemnhas e militares dissidentes, do fim de setembro até o início de novembro.
A comissão ouviu relatos de execuções sumárias e abuso sexual contra civis presos durante os protestos.
Alguns dos militares dissidentes contam ter recebido ordens de "atirar para matar" contra os manifestantes.
Um dos dissidentes conta que chegou a ser preso por desobedecer as ordens, já que teria atirado para o ar. Ele conta ter sido torturado na prisão pelos colegas.
O relatório também registra a morte de pelo menos 256 crianças durante a revolta.
Fonte: BBC.