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Em carta enviada à CBF, Ricardo Teixeira comunicou sua renúncia do cargo de presidente da entidade. Teixeira também deixará a presidência do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014.
Dos 64 anos de vida, Ricardo dedicou 23 deles à Confederação Brasileira de Futebol. No comando da Seleção Canarinho conquistou duas Copas do Mundo, cinco Copas América e três Copas das Confederações.
Além dos títulos, o mandatário valorizou a marca “seleção brasileira” e a transformou em uma máquina de faturar com amistosos caça-níqueis e contratos de patrocínio. A entidade acumula hoje R$ 230 milhões para livre uso. O faturamento anual chega a R$ 173 milhões. Entre os bens, constam um avião, um helicóptero e um terreno na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, avaliado em R$ 44 milhões.
Os números conseguidos no mandato de Teixeira contrastam com várias denúncias de corrupção. Nepotismo, autofavorecimento, desvio e sonegação de impostos estão na cartilha de acusações contra o cartola.
Principais escândalos
Em 2000 Teixeira firmou um contrato de U$ 160 mi com a Nike, maior valor recebido pela CBF. Mesmo com a quantia, a entidade começou a dar prejuízo. Uma CPI foi instalada para apurar o buraco nas contas.
Ano passado, Teixeira rompeu com o presidente da FIFA, Joseph Blatter para apoiar Bin Hamman do Catar para a presidência da FIFA. Blatter se vingou e liberou uma série de documentos provando que Ricardo recebia propina de uma empresa de marketing falida, a ISL.
A série de denúncias pressionou o presidente que acuado começou a vender propriedades e pedir renúncia. Quem assume é o vice mais velho, José Maria Marin, que foi flagrado roubando a medalha de um jogador na Copa São Paulo de Futebol desse ano.