Fotos: Robson Rodrigues
A tradicional festa aconteceu no sábado e domingo, 12 e 13 de maio, na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário e na Comunidade dos Arturos. Desfile dos escravos e cavaleiros, cortejo das Guardas de Congado, encenação da abolição e a missa Conga, fizeram parte do evento.
Marcos Eustáquio, representantes dos Arturos parabenizou as Mães pelo seu dia e ressaltou a importância da festa para a cultura negra da cidade de Contagem e do Brasil.
O Secretário de Educação e Cultura de Contagem, Lindomar Diamantino, disse que celebrar o 13 de maio é sempre uma perspectiva de nunca desanimar. “É preciso termos consciência de nossa diversidade e continuar cultivando a cultura dos negros”.
Glaura Lucas, professora Etnomusicóloga da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, fez uma reflexão da história dos negros que é contada nas escolas considerada como verdadeira e única.
“Há muitos anos acompanho as festas dos Arturos. A forma como é contada a história dos negros dá margens para o preconceito e para a desvalorização da raça negra. Infelizmente a cultura negra não chega população através da educação e das mídias, somente através das festas realizadas e passadas de pai para filho”, ressalta.
O Deputado Estadual Durval Ângelo, teve presente no evento e disse que a festa do Congado é um resgate da memória de um povo. “Nós todos somos negros por causa dos nossos antepassados. Precisamos criar um centro de referência da cultura negra, porque o ser humano não nasceu para ser escravo, mas sim para serem livres”, enfatizou.
Após a encenação e a Missa Conga celebrada pelo Padre José Antônio Gouveia, as Guardas de Congo local e convidadas seguiram em procissão até a comunidade dos Arturos onde foi servido o almoço de confraternização.