Fotos: Robson Rodrigues Moreira

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Os trabalhadores do transporte alternativo que atuam na cidade de Contagem estão sendo perseguidos e quando flagrados recebem multas que variam de R$1.000 a R$5.000 e os veículos esses trabalhadores são apreendidos.

Essa foi a situação apresentada pelos perueiros nessa terça-feira, 20.11, na Câmara Municipal de Contagem. Segundo os motoristas, a PM também está ajudando na caça aos veículos que fazem o transporte de passageiros.

“Fui abordado pela PM com arma na cabeça e tive meu veículo apreendido. Eu estava com minha família dentro do meu carro e todos ficaram traumatizados com a violência da abordagem”, relata Antônio Pinheiro de Souza.

Antônio disse que recebeu uma multa de R$1.000 e que seu carro foi removido para o pátio da Transcon. “Estão me cobrando R$170,00 do reboque e R$25,00 de diária do pátio”, disse o perueiro.

O procurador da Câmara disse que o município não tem competência para legislar sobre as leis de trânsito e que cabe ao Governo Federal legislar. As multas aplicadas aos perueiros tem base em um decreto do executivo.

O vereador Gustavo Gibson foi mais além, denunciou os policiais, Cabo Leão e Mesquita, da PM de Contagem. “Esses policiais estão agindo com abuso de poder e por conta própria. Eles fazem blitz, abordam de forma violenta e até parece que recebem comissões por carro ilegal apreendido. Alguns motoristas já reclamaram que os policiais costumam reter os documentos dos veículos, o que é ilegal também”, disse o vereador.

A mesa diretora da Casa constituiu uma comissão de vereadores formada pelo Gueber Ferreira, Jander Filaretti e Willian do Barreiro, para apurar a perseguição aos perueiros e estudar a constitucionalidade das infrações aplicadas.