Data de publicação: 10-03-2013 00:00:00

Crianças com deficiência intelectual tem um porto seguro em Contagem

Jornal Diário de Contagem On-Line

Foto: Daniele Cardoso

O Centro de Atendimento e Inclusão Social – CAIS assumiu sua luta pela inclusão social. A instituição sem fins econômicos iniciou suas atividades em 1971, ainda com o nome APAE.

A atual superintendente do Centro de Atendimento e Inclusão Social - Cais Contagem, Cristina Abranches Mota Batista, visitou a Câmara Municipal de Contagem ao Legislativo comunicar a da mudança da razão social, expor a atual situação da instituição em Contagem e pedir apoio aos vereadores.

Segundo Cristina, o nome foi mudado atendendo ao pedido dos próprios assistidos. \"O nome representava um estigma muito grande, pois as crianças que estão na escola comum e também no atendimento educacional especializado, sofriam de bullying, quando diziam que iam para a APAE. Então, passamos a utilizar o nome Cais, um nome que representa mais o nosso trabalho e atendendo aos pedidos das crianças\", explicou.

Hoje, o Cais Contagem é nacionalmente reconhecido pelo seu trabalho, e auxilia cerca de 350 pessoas, oferecendo os serviços de educação especializada, educação profissional de inclusão, neurologia, psiquiatria, pediatria, psicologia, terapia ocupacional, fisioterapia e fonoaudiologia.

\"Fazemos o nosso trabalho com muita dificuldade. Não é fácil manter uma instituição sem fins lucrativos em Contagem e no Brasil. Por isso peço o apoio dos vereadores para conseguirmos ampliar o atendimento do Centro \", explicou a superintendente.

A instituição

Fundada pela educadora e psicóloga, Elza Kriemilda, a APAE Contagem pôde contar com a experiência adquirida com o trabalho desenvolvido junto com a Dra Helena Antipoff, educadora e psicóloga russa que inovou, nos anos de 1930, a educação especializada em Minas Gerais e no Brasil. Com essa experiência, a preocupação em desenvolver um trabalho de qualidade e com cunho científico foi o grande diferencial dessa instituição desde a sua fundação.

Sustentabilidade

Atualmente o CAIS é mantido através de parcerias com empresas, conta com as doações de pessoas físicas e jurídicas, e realiza prestação de serviços oferecendo cursos, palestras e consultorias através do Núcleo de estudo e pesquisa em inclusão (NEPI). A venda de produtos produzidos na instituição em algumas lojas e pelo telemarketing, ajuda na manutenção da instituição.

Proposta

A instituição trabalha em prol da inclusão dos alunos com deficiência intelectual, autismo e crianças com atraso no desenvolvimento neuro pisco motor.

Com uma ação complementar à escola comum realizam o Atendimento Educacional Especializado (AEE) para crianças em idade escolar e a educação profissional preparando os adolescentes para o mercado de trabalho.

A instituição para realizar as ações acima, conta com educadores especializados, supervisores pedagógicos e também com uma equipe de assistentes sociais.

Relevante notar que o CAIS realiza, além do acompanhamento educacional, o acompanhamento clínico dos alunos. Este acontece de forma simultânea, ou seja, cada aluno é acompanhado ao mesmo tempo por profissionais específicos às suas necessidades.

Inovações e resultados

Nestes 40 anos, a instituição realizou diversas inovações: a primeira se deu com reconhecimento externo e ocorreu na área da profissionalização.

Desde 2009 desenvolve outro programa pioneiro na área de saúde: o Acompanhamento de Bebês (AB) pata criança prematuras egressas das UTIS neonatais.

O menino Isaque Ribeiro França, nascido no dia 9 de fevereiro de 2010, foi encaminhado para a APAE Contagem para dar inicio ao seu tratamento. Ele foi atendido pela fonoaudióloga, terapeuta ocupacional, psiquiatra, entre outros profissionais da instituição até alcançar um desenvolvimento positivo no seu quadro clinico.

Atualmente, com 2 anos de idade, Isaque está no NIP I - Núcleo de Intervenção Precoce – Menores de 3 anos – realiza o atendimento especializado direcionado às crianças menores de 3 anos. O núcleo oferece atendimentos na área clínica - e educacional a partir de 2 anos.

Mariela Ribeiro França, mãe de Isaque diz que o CAIS é muito importante não só na vida dela e de seu filho, mas também para muitas outras mães e famílias que são atendidas pela instituição. “Com o tratamento oferecido no CAIS, Isaque é hoje capaz de brincar e se concentrar. Foi graças a fisioterapia que Isaque começou a andar com 1 ano e 2 meses”, relata.

A pedagoga Rosemeire Francia Maia, atua na instituição há mais de 10 anos e trabalha diretamente com os pais e familiares dos alunos.

“Quando comecei com este trabalho, as famílias não queriam nem me ver. Fugiam de mim. Hoje é ao contrário, eles me procuram e querem saber onde estou. A importância da continuidade do trabalho prestado pelo CAIS é ímpar para a sociedade de Contagem”, enfatiza.

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