Data de publicação: 21-04-2013 00:00:00

Dois policiais suspeitos de fazerem parte de grupo de extermínio são presos no Vale do Aço

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Foto: Divulgação

O mandado de prisão temporária cumprida no fim da noite desta sexta-feira (19), faz parte das investigações da Polícia Civil que apura a participação dos policiais na morte de dois jornalistas da região.

Os dois policiais civis são suspeitos de envolvimento em vários crimes em Ipatinga e no Vale do Aço, entre eles, os assassinatos do jornalista Rodrigo Neto e do fotógrafo Walgney Assis Carvalho.

Segundo o delegado, Elder Dângelo, que assumiu as investigações, os dois homens presos, um é investigador e um médico legista. Eles seriam suspeitos de participarem dos 14 inquéritos de assassinatos que estão sendo investigados na região.

Dângelo não deu detalhes sobre o nível de envolvimento dos policias e nem dos outros integrantes da corporação que estão com mandados de prisão para serem cumpridos.

O delegado confirmou que as investigações sobre as mortes dos dois jornalistas estão bem avançadas, mas que não deu certeza sobre o envolvimento dos policiais presos nestes homicídios.

Os policiais foram trazidos para Belo Horizonte e encaminhados para a Casa do Policial Civil.

Morte do jornalista

Rodrigo Neto foi morto em 7 de março no Bairro Canaã por dois homens que passaram de moto e atiraram no repórter. Ele chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentos. O jornalista denunciava uma série crimes cometido por um esquadrão da morte que seria formado por policiais.

Morte do fotógrafo

Walgney Carvalho, disse que não se sentia ameaçado e que não precisava de proteção. O delegado Cylton Brandão da Matta, chefe da Polícia Civil,
diz que chegou a receber um comunicado sobre as ameaças, porém o fotógrafo foi ouvido e não confirmou os fatos.

O fotógrafo freelancer do Jornal Vale do Aço foi assassinado no fim da noite do último domingo (14). Walgney Carvalho foi executado a tiros dentro de um pesque-pague que costumava frequentar em Coronel Fabriciano, na Região do Rio Doce. Um homem encapuzado chegou armado e atirou três vezes à queima-roupa contra a vítima. O suspeito fugiu em uma moto que o esperava na rua.

Investigações

O delegado Cylton Brandão da Matta, chefe da Polícia Civil, afirmou que há suspeita de participação de policiais, civis e militares, nos crimes. Mas não informou detalhes sobre as investigações.

Para tentar diminuir uma série de crimes que estão sem solução da Região do Rio Doce, houve mudanças de delegados.

O antigo chefe do 12º Departamento de Polícia Civil, José Valter foi substituído pelo sub-corregedor, delegado Elder D\'Ângelo. O delegado regional Gilberto Simão de Melo foi substituído pela delegada Irene Angélica Franco.

O Chefe do Departamento de Investigações de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Wagner Pinto, afirma que ainda não pode afirmar que os dois assassinatos têm ligação.

“Não podemos descartar qualquer linha de investigação, mas em breve teremos em mãos elementos capazes de nos ajudar nas apurações. Toda a sociedade vai saber do que se trata nos próximos dias\", afirma.

O deputado Durval Ângelo, presidente da Comissão de Direitos Humanos de Minas Gerais, acompanha as apurações sobre a morte do jornalista Rodrigo Neto, afirma que a vítima realmente vinha sendo ameaçada.

Motivação

Amigos do jornalista afirmam que Rodrigo Neto preparava uma série de matérias especiais sobre assassinatos não resolvidos nos quais um esquadrão da morte formado por policiais militares e civis da região. As reportagens revelariam mais vítimas de homicídios covardes, cometidos pelo grupo e as matérias teriam fotografias de Walgney Assis.

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Morte de jornalista está sendo investigada pela Assembleia e pelo Sindicato

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